A maioria dos fígados das pessoas tem apenas 3 anos

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Julien Tromeur / Unsplash

Um estudo sugere que as células do fígado renovam-se, em média, uma vez por ano. Os cientistas calculam que o nosso fígado permanece com menos de três anos de idade.

A capacidade do fígado para metabolizar várias substâncias diminui com o envelhecimento. A reparação das células hepáticas danificadas é também mais lenta em pessoas idosas e a produção e o fluxo de bile também são diminuídos com o envelhecimento.

Estas são algumas conceções que estudos científicos passados davam como garantidas. No entanto, o nosso fígado parece permanecer bastante jovem, mesmo à medida que envelhecemos, sugere uma nova investigação publicada esta terça-feira na revista científica Cell Systems.

De acordo com o portal Gizmodo, usando uma forma de datação radioativa, os investigadores estimam que a idade média das células do nosso fígado é de cerca de três anos. Quanto mais velha for uma célula, maior a probabilidade de ter radiocarbono no seu ADN.

Os cientistas tentaram estimar a longevidade das células hepáticas recolhidas de mais de 30 pessoas que eventualmente morreram, entre as idades de 20 e 84 anos.

Os resultados revelaram uma tendência: a maioria das células era jovem e tinha aproximadamente a mesma idade. Grande parte delas parece substituir-se cerca de uma vez por ano. Em média, os cientistas calculam que o nosso fígado permanece com menos de três anos de idade.

Os autores do estudo descobriram ainda que algumas células do fígado podem carregar mais de dois conjuntos de cromossomas e funcionar bem, ao contrário da maioria das células do corpo.

E não se ficam por aqui. Estas células também parecem viver muito mais tempo do que outras células do fígado – até uma década. Além disso, os fígados parecem recolher mais destas células ao longo do tempo. Este poderá ser o mecanismo que mantém os nossos fígados saudáveis ao longo dos anos.

“Como esta fração aumenta gradualmente com a idade, isto pode ser um mecanismo de proteção que nos protege da acumulação de mutações nocivas”, diz o autor principal do estudo, Olaf Bergmann, em comunicado. “Precisamos de descobrir se existem mecanismos semelhantes na doença hepática cronica, que em alguns casos pode transformar-se em cancro”.

  ZAP //

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