A personalidade do seu cão não é determinada pela raça

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Enis Yavuz / Unsplash

Ao contrário do siso generalidade, um novo estudo sugere que a personalidade dos cães não é determinada pela sua raça.

O beagle é curioso, o doberman é inteligente e o golden retriever é pândego. Temos a teoria de que diferentes raças de cães têm personalidades diferentes, mas isto pode não ser verdade, sugere um novo estudo.

“Todos os livros sobre raças dizem que selecionar uma raça é a coisa mais importante a considerar quando você está a escolher um cão”, salientou Kathleen Morrill, geneticista canina da Faculdade de Medicina Chan da Universidade de Massachusetts.

No entanto, o novo estudo publicado na semana passada na revista Science mostra que a raça de um cão não é um bom indicador de comportamento. Os autores propõem que a maioria das tendências comportamentais são anteriores à geração moderna de raças, que afeta principalmente a fisionomia física.

Os investigadores fizeram uma sondagem a 18.385 donos de cães, que relataram os comportamentos dos seus animais. O questionário envolvia mais de 100 perguntas, desde o aspeto físico a traços psicológicos. O estudo teve em consideração que a maioria dos cães domésticos são rafeiros, realça a Scientific American.

Além do questionário, os cientistas recolheram amostras de seiva e sangue de 2.155 cães do questionário.

“A genética permitiu-nos desmontar o quebra-cabeça — mormente para cães mestiços que têm várias origens – de onde o ADN difere mais entre cães que divergem nas suas características”, diz Morrill.

Os autores do estudo descobriram que os traços comportamentais que pareciam ser específicos de determinadas raças variavam significativamente entre cães da mesma raça. Assim, os cientistas concluíram que a raça explica exclusivamente 9% da variação comportamental dos cães.

Os investigadores não conseguiram identificar um único comportamento encontrado em todos os cães de uma determinada raça.

“As pessoas têm crenças muito fortes de que as raças de cães são diferentes no seu comportamento, mas acho que temos que concordar que às vezes essas diferenças não são tão extremas”, avisou Morrill.

  Daniel Costa, ZAP //

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