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Um novo estudo descobriu uma interdependência entre a toma da vacina contra a gripe e uma subtracção de 12% no risco de se tolerar um AVC.
Parece que a protecção contra a gripe não é o único favor que a vacinação anual traz à saúde. Um novo estudo publicado na Neurology descobriu uma interdependência entre a toma da vacina todos os anos contra a gripe e uma redução no risco de se tolerar um AVC.
“Estudos mostram que ter a gripe aumenta o risco de se tolerar um AVC, mas as pesquisas ainda estão a ser feitas sobre se a vacina da gripe ajuda a proteger contra um AVC”, explica Francisco J. de Abajo, responsável do estudo.
Esta investigação partiu para a missão de interpretar se a toma da vacina tem, verdadeiramente, um efeito preventivo contra o AVC. Para isto, os cientistas recorreram a uma base de dados espanhola referente a indivíduos que tinham pelo menos 40 anos e que tinham sofrido um AVC nos últimos 14 anos.
Cada paciente foi comparado a cinco outros indivíduos da mesma idade e do género. A base de dados inclui 71 610 indivíduos que não sofreram um AVC e 14 332 que sofreram, relata o SciTech Daily.
Os cientistas depois viram se os participantes tinham recebido a vacina contra a gripe pelo menos 14 dias antes do AVC ou antes dessa data no caso daqueles que nunca tiveram um AVC.
Os resultados desta estudo mostram que 41,4% dos pacientes que sofreram o AVC tinham tomado a vacina, comparativamente com 40,5% de participantes que não tinham tido um AVC e também se inocularam.
Mas as pessoas que receberam a vacina eram, geralmente, mais velhas e tinham factores que aumentavam o risco de terem um AVC, uma vez que colesterol e pressão subida.
Em seguida ajustarem a estudo com estes factores, os autores notaram que quem foi vacinado teve uma verosimilhança 12% menor de tolerar um AVC do que aqueles que não se protegeram contra a gripe.
Os investigadores também fizeram uma estudo semelhante com a vacina contra a pneumonia, mas não notaram nenhuma interdependência com a prevenção do AVC. “Estes resultados são outra razão para a população tomar a vacina anualmente, mormente se já se tem factores de risco para o AVC”, recomenda de Abajo.
O responsável lembra, no entanto, que o estudo notou unicamente uma interdependência e que são precisas pesquisas adicionais para se desvendar se esta associação é causal ou se é unicamente uma coincidência e se há mais factores a influenciar esta subtracção no risco do AVC.
Adriana Peixoto, ZAP //