A vertente “social” das redes sociais pode já ter feito (e nem reparámos)

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Mark Knol / Flickr

Facebook está dissemelhante – e mais parecido com o TikTok. Passou a ser mais uma plataforma de conteúdos, de produtos, do que uma rede social.

Na quinta-feira passada foram anunciadas alterações em relação ao funcionamento do Facebook.

Houve uma mudança que terá pretérito ao lado dos utilizadores da rede social.

Mas essa mudança não terá pretérito ao lado dos seguidores de notícias sobre a rede social.

A Meta informou que o feed inicial de cada utilizador vai passar a mostrar publicações que são sugeridas por um algoritmo.

Esse algoritmo vai apresentar aquilo que o sistema do Facebook considera que o utilizador mais gosta de ver e de se envolver.

Ou seja, quando iniciar sessão, muito provavelmente vai ver uma série de reels (vídeos curtos) e de stories (histórias) populares.

Sim, vai ser mais parecido com o TikTok.

E porque destacamos esta modificação cá no ZAP? Porque esta decisão altera o paradigma do Facebook – que deixará de ser tanto uma rede social para passar a ser uma plataforma de conteúdos, de invenção de produtos. De entretenimento e compras, avisa o portal Axios.

O que nos vai chegar avante no Facebook vai deixar de ser tanto um texto pessoal, dos nossos amigos, partilhas de quem conhecemos.

Uma vez que diz o jornal The Washington Post, a rede social passa a ignorar os amigos e os familiares para competir com o TikTok.

Resumindo: leste é o término do “social” das redes sociais?

A questão – e boa questão – é colocada no portal The Next Big Idea, que reforça no entanto que a lista de amigos no Facebook não vai vangloriar. Mas a Meta justifica a mudança com o facto de, assim, os utilizadores terem mais mais controlo e poder sobre o que vêem.

E, depois, vai ser criado um “truque” chamado cronologia. Ou seja, o utilizador vai poder escolher ver as publicações mais recentes, em vez de ver o que o algoritmo decide. É uma forma de a Meta evadir a possíveis avisos dos órgãos reguladores.

A empresa está a investir menos em conteúdos de notícias, para dar espaço a “criadores”.

As alterações já começam a ser visíveis nesta semana, na ocupação para telemóveis. Nos computadores deverá chegar mais tarde, mas ainda em 2022.

  ZAP //

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