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Radiotelescópios do Observatório Very Large Array (VLA) no Novo México, EUA
A qualidade das observações astronómicas depende da atmosfera da extensão onde são realizadas. Esse é um dos critérios que determina a escolha dos locais onde os telescópios são instalados.
Porquê notou o PhysOrg, tratam-se de locais elevados, supra do nível do mar, de modo a que haja menos atmosfera entre esses e os pontos a observar. Muitos telescópios são instalados nos desertos, uma vez que as nuvens e o vapor de chuva dificultam uma visão clara do firmamento noturno.
Num novo estudo, publicado recentemente na Astronomy & Astrophysics, um grupo de investigadores liderados pela Universidade de Berna e pelo Meio Vernáculo de Conhecimento em Investigação (NCCR) PlanetS, revelou porquê as alterações climáticas podem afetar a reparo do cosmos.
“Embora os telescópios tenham geralmente uma vida útil de várias décadas, os processos de seleção do lugar exclusivamente consideram as condições atmosféricas num pequeno espaço de tempo”, indicou a investigadora Caroline Haslebacher, da Universidade de Berna, a principal autora do estudo.
A estudo das tendências climáticas futuras, calculadas tendo por base modelos climáticos globais de subida solução, mostrou que, até 2050, a temperatura e a humidade atmosférica aumentará nos principais observatórios do Havai, das Ilhas Canárias, do Chile, do México, da África do Sul e da Austrália.
Isto poderá promover uma subtracção na duração e uma perda de qualidade das observações, determinou o estudo.
“Os observatórios são concebidos para funcionar nas condições atuais do lugar [onde são instalados], com uma possibilidade de adaptação reduzida. As consequências das condições climáticas para os telescópios incluem um maior risco de condensação, devido a um aumento do orvalho ou a sistemas de esfriamento defeituosos, o que pode levar a uma maior turbulência de ar na cúpula do telescópio”, dise Haslebacher.
“Esta é a primeira vez que um estudo [deste género] é verosímil. Graças à maior solução dos modelos climáticos globais desenvolvidos através do projeto PRIMAVERA, do Horizonte2020, pudemos examinar as condições em vários locais do mundo com grande fidelidade”, indicou Marie-Estelle Demory, outra das autoras.
Segundo explicou a investigadora, essa estudo não seria verosímil tendo por base os modelos convencionais.
A desenlace obtida nesta investigação permite aos investigadores declarar, “com certeza, que as alterações climáticas devem ser tidas em conta na seleção do lugar para a próxima geração de telescópios e na construção e manutenção de instalações astronómicas”, acrescentou Haslebacher.
ZAP //