
Gabriel Pérez Diaz, SMM-IAC
Buraco preto indiferente e massivo com 100 milhões de vezes a volume do Sol, que aquece o envolvente a milhares de graus, com um mais pequeno e superaquecido, com 10 vezes essa volume, que o aquece a milhões de graus.
Uma equipa internacional de investigação dirigida por investigadores do IAC (Instituto de Astrofísica de Canarias) descobriu um novo método para medir as massas de buracos negros com base na temperatura do gás que os rodeia quando estão ativos.
Os resultados do trabalho foram recentemente publicados na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
A confirmação da existência dos buracos negros é um dos resultados mais básicos da astrofísica.
Os buracos negros têm uma vasta gama de massas, desde buracos negros de volume estelar, que são o resultado da catastrófica período final de estrelas muito massivas e têm massas comparáveis à das estrelas, a buracos negros supermassivos nos centros da maioria das galáxias.
A volume de um buraco preto é, de momento, o único parâmetro que os cientistas são capazes de medir.
Um estudo recente liderado por Almudena Prieto, investigadora no IAC, mostrou um método original para medir a volume dos buracos negros, desde os de volume estelar até ao tipo supermassivo, fundamentado numa simples mensuração do espectro de emissão do gás ionizado produzido nas imediações de um buraco preto quando levante está ativo, ou seja, quando está a “engolir” a material que cai no seu campo gravitacional.
Levante novo método é fundamentado numa teoria proposta pela primeira vez em 1973, aplicada a sistemas binários que emitem raios-X, que contêm um objeto compacto, geralmente um buraco preto, e uma estrela companheira.
“Levante método abre uma novidade possibilidade de medir massas de buracos negros, para buracos negros de volume estelar e também para massas intermédias e buracos negros supermassivos,” explica a investigadora.
“Ao mesmo tempo, graças à sua base teórica, o novo método fornece a possibilidade de instituir a rotação de um buraco preto, muito porquê a sua volume.”
Quanto mais pequeno, mais quente, quanto maior, mais indiferente
A investigação também deu alguns resultados que surpreenderam os investigadores.
“Um resultado curioso deste trabalho, talvez contraintuitivo, é que quanto mais massivo é o buraco preto, mais inativo se torna e mais indiferente é o meio que o envolve,” explica Albert Rodríguez Ardilla, investigador do Laboratório Pátrio de Astrofísica do Brasil, coautor do item científico.
“O contrário ocorre quando têm menos volume, caso em que são capazes de aquecer o material à sua volta a milhões de graus, embora somente quando estão ativos,” acrescenta Rodríguez Ardilla.
Rodríguez Ardilla foi um investigador convidado do IAC no Programa Severo Ochoa em 2014, e realizou uma grande troço da investigação que foi publicada neste item recente durante uma segunda estadia de um ano, financiada pelo Governo do Brasil em 2018.
Levante estudo faz troço do projeto PARSEC que estuda, em vários comprimentos de vaga, os núcleos de galáxias locais e os processos de acreção nos seus buracos negros centrais.
Os dados para o projeto foram obtidos com o Telescópio Gemini Sul e no Observatório SOAR (Southern Astrophysical Research) no Chile, graças à participação do Brasil nestes observatórios.