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Meio Hospitalar do Oeste – Caldas da Rainha
Os chefes de equipa do serviço de urgência do Hospital de Caldas da Rainha pediram a exoneração do função, informou a gestão do Meio Hospitalar do Oeste, que assegurou que o serviço está a funcionar normalmente.
Em enviado, a gestão do Meio Hospitalar do Oeste (CHO) diz ter recebido, na noite de quinta-feira, a missiva de intenção de exoneração dos chefes de equipa daquele serviço, assim porquê um pedido para o seu fechamento.
No entanto, esclarece, as demissões “respeitam exclusivamente ao função de gestão de chefia de urgência e não ao manobra das funções clínicas”, pelo que a equipa “continua a confirmar o normal funcionamento” do serviço.
Assim, os clínicos mantêm-se em funções, “providenciando todos os cuidados inerentes ao funcionamento do serviço”, depois de um aumento na concorrência às urgências do Hospital de Caldas da Rainha ter causado constrangimentos no socorro aos doentes pelos bombeiros locais.
“O parecer de gestão reitera a totalidade orifício para resolver as questões de organização interna e distribuição de serviço, informando que mantém os canais de diálogo e a procura de soluções”, lê-se na nota.
Segundo a gestão do CHO, será marcada “para o início da próxima semana uma reunião com os médicos visados, no sentido de serem encontradas soluções e na expectativa de que as dificuldades sentidas, ao nível de recursos humanos, possam ser ultrapassadas”.
Reconhecendo “o trabalho difícil, mas hipotecado, dos seus profissionais”, a mesma nascente aproveitou para reiterar “a premência da colaboração de todos os intervenientes na rede de cuidados, e também dos utentes, para que as urgências hospitalares sejam usadas de forma correta”.
A gestão apela aos utentes que adotem as medidas “já divulgadas em situações anteriores”, ou seja, em caso de doença, o primeiro contacto deverá ser para a Risca SNS 24 – 808 24 24 24, que faz o encaminhamento.
Na passada quinta-feira, os bombeiros de Caldas da Rainha e de Óbidos ficaram sem ambulâncias disponíveis e a necessitar de recorrer a corporações vizinhas para confirmar o socorro, devido à elevada concorrência de doentes à urgência hospitalar, que tem retido macas.
A presidente do parecer de gestão do CHO, Elsa Baião, explicou logo que tem havido “concorrência excessiva” às urgências, lembrando que, por ter a funcionar a urgência universal e a Espaço dedicada a Doentes Respiratórios, devido à pandemia de covid-19, existe a geminação de equipas e meios nas urgências dos hospitais.
SIM solidário com chefes de equipa
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) está solidário com os chefes de equipa da urgência do hospital de Caldas da Rainha, que se demitiram para exigir melhores condições de assistência e para evitar o colapso daquele serviço.
Em enviado, o sindicato refere que o “número insuficiente de médicos, o crescente recurso a empresas de prestação de serviços e o aumento do afluxo de utentes exigem uma resposta do Ministério da Saúde”.
Segundo o SIM, as empresas de prestação de serviços chegam a ser pagas a “mais de 80 euros à hora, ou seja, quatro vezes mais” do que se fosse um “médico perito mais diferenciado”.
O sindicato afirma que também os médicos “no limite das capacidades físicas e mentais”, tendo escrito, num enviado, que se encontram “exaustos, desanimados, desgastados, desmotivados, mas sobretudo em sofrimento ético e em risco profissional”, porque na sua profissão “o erro mata“.
O SIM considera que “não adianta ao Ministério da Saúde proclamar que tudo está muito, que há muito mais meios e que aumentam as verbas do Orçamento de Estado em centenas de milhões, quando a verdade prevalece em relação à propaganda“.
O Meio Hospitalar do Oeste integra os hospitais de Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, tendo uma espaço de influência constituída pelas populações dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de troço dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.
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