
https://www.youtube.com/watch?v=X1hUsoVPwHQ
São várias as formas que o ser humano já encontrou e experimentou para fugir da verdade. Farejar, lamber, mastigar, ou mesmo injetar várias substâncias. Agora existe uma novidade forma de mudar a mente — através de sons digitais.
Há um novo tipo de droga no mercado, e o seu princípio ativo são ondas sonoras. Não, não estamos a falar de punk metal post-gótico industrial, nem qualquer outro tipo de música que a maior segmento dos ouvintes considere intragável.
Num novo estudo, publicado em Março deste ano na Wiley Online Library, os investigadores examinaram uma forma relativamente novidade de mudar mentes, que faz uso de sons digitais, para cevar frequências assíncronas em cada ouvido.
Ao sintonizar estas “batidas binaurais“, algumas pessoas relatam que podem desligar-se, reduzir a dor, melhorar a memória, e sossegar a sofreguidão e depressão.
De pacto com Science Alert, para prescrever que relação pode subsistir entre o uso de substâncias psi coativas mais tradicionais e a experimentação com batimentos binaurais, uma equipa de investigadores da Austrália e Reino Unificado analisou os resultados do Global Drug Survey, um interrogatório com mais de 30.000 tipos de 22 países realizado em 2021.
Os investigadores identificaram murado de 5% dos inquiridos que tinham veterano batimentos binaurais no último ano. Destes, pouco mais de 1 em cada 10 estava a fazê-lo somente para fins recreativos.
A maioria dos consumidores analisados encontrava-se na filete dos adolescentes até aos 20 anos, tinham usado substâncias proibidas uma vez que MDMA ou cannabis, e eram dos EUA, México, Reino Unificado, Brasil e Polónia.
Para além de procurarem os efeitos de alucinogénios, as suas razões para experimentarem batimentos binaurais eram bastante variadas.
“É muito novo, não sabemos muito sobre o uso de batimentos binaurais uma vez que drogas digitais”, diz a autora principal Monica Barratt, uma pesquisador social da Universidade RMIT na Austrália.
“Nascente interrogatório mostra que isto está a intercorrer em múltiplos países. Tínhamos informação episódica, mas esta foi a primeira vez que perguntamos formalmente às pessoas uma vez que, porquê e quando é que as estão a usar“.
O maravilha dos batimentos binaurais em si, não é novidade. Apareceu pela primeira vez na literatura em meados do século XIX.
Mas graças à facilidade com que as pessoas podem agora remoinhar a um ritmo trivial feito de frequências conflituosas e partilhá-las online, os batimentos binaurais estão a tornar-se uma forma de arte cada vez mais popular.
Teoricamente, pensa-se que as batidas binaurais induzem mudanças no cérebro, graças à forma uma vez que o nosso sistema sensorial interpreta as diferentes frequências de baixa frequência quando estas são alimentadas separadamente em cada ouvido.
Se ouvirmos um tom de 400 hertz num ouvido, por exemplo, e um tom de 440 hertz no outro, o seu cérebro irá interpretá-lo uma vez que um zumbido único de 40 hertz localizado em qualquer lugar dentro do seu crânio.
Esta tradução requer mais do que somente a nossa maquinaria auditiva periférica, faz uso de um múltiplo de hardware de tronco cerebral enterrado profundamente dentro das nossas cabeças, levando os neurónios de longe a sincronizarem-se em padrões de ondas associados ao relaxamento.
Essa é a teoria. Apesar de existem alguns estudos que encorajam uma investigação mais profunda dos batimentos binaurais uma vez que meio de sossegar a sofreguidão aguda, outros argumentam que os benefícios da terapia destes tratamentos — pelo menos quando se trata de mudar os humores e a mente — continuam por validar.
Ceticismo científico à segmento, não faltam pessoas dispostas a testar os batimentos binaurais. O que para 12% dos que relataram tê-los ouvido recentemente, inclui a tentativa de replicar uma experiência psicadélica.
“Tal uma vez que as substâncias ingeríveis, alguns utilizadores de batidas binaurais estavam à procura de uma pancada” diz Barratt.
Quaisquer preocupações potenciais de que ouvir música que altera a mente possa ser um trampolim para o desfeita de substâncias mais tarde, não foram sustentadas pelo estudo. A maior segmento dos que esperavam atingir uma mudança de consciência já estavam a usar outras drogas ilícitas.
Aliás, havia muitas outras razões para as pessoas estarem a explorar uma paisagem sonora binaural, de pacto com Barratt.
“Muitas pessoas viam-nas uma vez que uma nascente de ajuda, tal uma vez que para terapia do sono ou refrigério da dor”, diz a pesquisador.
Se as chamadas ‘drogas digitais’ geram mais exaltação do que o efeito das drogas tradicionais é material para futuros investigadores.
Por agora, as estatísticas dão-nos um bom ponto de partida para escoltar os comportamentos daqueles que se auto-medicam — ou procuram prazer — através de meios alternativos.
Inês Costa Macedo //