Chuva da chuva está contaminada com “poluentes eternos”, mostra estudo

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(CC0/PD) _Alicja_ / Pixabay

Novas pesquisas mostraram que a chuva da chuva contém níveis de produtos químicos que “excedem muito” os níveis de segurança. Essas substâncias sintéticas são normalmente utilizadas em panelas antiaderentes, em espuma de combate a incêndio e em roupas impermeáveis.

De conformidade com investigadores da Universidade de Estocolmo, citados pela BBC, é “de vital preço” que o uso dessas substâncias – chamados de “produtos químicos eternos”, por persistirem durante anos no envolvente – seja rapidamente restringido, devido aos riscos para a saúde.

As substâncias em culpa – poli e perfluoroalquil, conhecidas pela {{sigla}} PFAS em inglês – têm proliferado nos últimos anos. Existem tapume de 4.500 desses compostos em centenas de produtos de uso quotidiano, incluindo embalagens de provisões, capas de chuva, adesivos, papel e tintas.

Num novo estudo publicado recentemente na Environmental Science & Technology, um grupo de investigadores analisou a presença dessas substâncias na chuva potável.

Através da avaliação de quatro desses produtos químicos, a equipa constatou que, em várias ocasiões, os níveis dessas substâncias na chuva da chuva a nível global “excedem em muito” os recomendados pelos Estados Unidos (EUA). Os resultados mostraram que também o solo em todo o mundo está contaminado.

Os resultados levaram os autores a concluir que uma fronteira foi ultrapassada – já não há um sítio seguro na Terreno para evitar essas substâncias. “Não estamos mais dentro de um espaço seguro (…) esses produtos químicos [estão] em todos os lugares”, disse o professor Ian Cousins, principal responsável do estudo.

“Não estou a proferir que todos vamos morrer dos efeitos. Mas estamos a transpor um período no qual não podemos viver em nenhum lugar do planeta e ter certeza de que o envolvente é seguro”, acrescentou.

Embora isso seja, sem incerteza, motivo de preocupação, existem algumas ressalvas. Muitos dos níveis de segurança em vigor são consultivos, o que significa que não são legalmente aplicáveis. Outros especialistas consideram que ações contra esses produtos não devem ser tomadas até que os riscos à saúde sejam comprovados.

As pesquisas já elaboradas apontaram para um risco aumentado de alguns tipos de cancro, problemas de fertilidade e atrasos no desenvolvimento em crianças quando expostos a níveis elevados dessas substâncias. No entanto, noutros estudos não foram encontradas associações entre os PFAS e doenças.

“Na chuva, os níveis já são mais altos do que os critérios de qualidade ambiental. Isso significa que, com o tempo, teremos um impacto estatisticamente significativo desses produtos químicos na saúde humana”, disse Crispin Halsall, da Universidade de Lancaster, que não fez segmento do estudo sueco.

“E porquê isso se vai manifestar? Não tenho certeza, mas veremos com o tempo, porque estamos a ultrapassar as concentrações que podem ocasionar qualquer dano”, indicou.

Em 2018, o governo holandês estabeleceu novos limites para as concentrações de PFAS no solo, levando à interrupção de 70% dos projetos de construção que envolviam remoção de solo. Depois protestos, acabou por flexibilizar as diretrizes.

Segundo o estudo, esse tipo de flexibilização também acontecerá com a contaminação da chuva. O governo fará “a mesma coisa com os avisos de chuva potável nos EUA, pois não são práticos de empregar. Não é porque há um tanto falso com a avaliação de risco”, mas sim porque, do ponto de vista poupado, “é impossível empregar qualquer uma dessas diretrizes”, explicou Ian Cousins.

  ZAP //

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