
Martin Heigan / Flickr
Estes especiais cristais de zirconita foram encontrados exclusivamente em 12 locais em todo o mundo e são os únicos vestígios que ainda temos do Éon Hadeano.
Uns pequenos grãos são o suficiente para nos contarem a história do nosso planeta. Um novo estudo publicado na AGU Advances detalha porquê os isótopos presentes nos cristais de zirconita têm as provas geoquímicas mais antigas da diligência das placas tectónicas na Terreno.
Os cristais têm provas de que se formaram em condições de subducção — quando uma placa começa a escorregar sob uma outra placa propínquo — há 3.8 milénio milhões de anos.
Dada a relevância das placas tectónicas na geração das condições que tornam o nosso planeta habitável, com as mudanças na formação dos oceanos e da atmosfera, compreender o seu surgimento e o início da sua diligência ajuda-nos também a responder a questões em torno da existência da vida na Terreno.
Ainda há muito mistérios sobre a geologia do planeta, já que os únicos vestígios do Éon Hadeano — entre há 4 milénio milhões e 4.6 milénio milhões de anos — estão presentes em cristais de zirconita. Os cristais que encapsulam esta enigmática era da Terreno são também raros, tendo até agora exclusivamente sido encontrado alguns grãos em 12 lugares.
Uma equipa de cientistas estudou os cristais de zirconita do Cinturão de Rochas Verdes para tentar juntar as peças do puzzle e reconstituir as condições em que os grãos se formaram.
As conclusões mostram que já há 3.8 milénio milhões de anos, os cristais tinham háfnio e elementos semelhantes aos das rochas modernas formadas em zonas de subducção, nas extremidades das placas tectónicas. Isto sugere que as placas estavam activas quando os cristais se formaram.
Por outro lado, os cristais de zirconita com mais de 3.8 milénio milhões de anos não se formaram nas zonas de subducção. O mais provável é que tenham nascido numa “protocrosta” no Éon Hadeano que se formou de material do véu que voltou a ser liquefacto, antes do véu ter sido esvaziado de elementos basálticos pelos processos tectónicos.
A equipa comparou os resultados dos cristais que analisaram aos de outros semelhantes encontrados noutras partes do mundo, para terem a certeza que oriente maravilha não se limitava àquele sítio — e todos tiveram transições semelhantes, o que sugere que estava a ocorrer uma mudança à graduação global.
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