Dados confidenciais mostram que objeto interestelar já atingiu a atmosfera

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(CC0) RafaelMousob / Pixabay

A mundo de queimação que passou pelos céus de Papua-Novidade Guiné em 2014 foi na verdade um objeto de outro sistema estelar, de combinação com dados recentes, revelados pelo Comando Espacial dos EUA (USSC).

O objeto, um pequeno meteorito com unicamente 0,45 metros de diâmetro, bateu na atmosfera terrestre a 8 de janeiro de 2014, depois de viajar no espaço a mais de 210.000 km/h, segundo a Live Science.

A velocidade excedeu bastante a velocidade média dos meteoros que orbitam dentro do sistema solar, de combinação com um estudo de 2019 do objeto, pré-publicado no arXiv, uma plataforma de pré-impressão.

O estudo argumentou que a velocidade do meteoro pequeno, juntamente com a trajetória da sua trajectória, comprova — com 99% de certeza — que o objeto vinha de outro sistema solar.

Segundo os autores, é verosímil que tenha vindo “do interno de um sistema planetário ou de uma estrela no disco grosso da galáxia da Via Láctea”.

Mas apesar da sua “quase certeza”, o estudo da equipa nunca foi revisto ou publicado numa revista científica, porque alguns dos dados necessários para confirmar os seus cálculos foram considerados confidenciais pelo governo dos EUA.

Agora, os cientistas do USSC confirmaram oficialmente as conclusões da equipa. Numa enunciação a 1 de março e publicação no Twitter a 6 de abril, o tenente-general John E. Shaw, comandante sujeito do USSC, escreveu que a estudo de 2019 da mundo de queimação era “suficientemente precisa para confirmar uma trajetória interestelar”.

 

Esta confirmação faz do meteoro de 2014 o primeiro objeto interestelar alguma vez detetado no nosso sistema solar, acrescentou a enunciação.

A invenção do objeto é anterior à do misterioso Oumuamua — detetado em 2017 pelo observatório astronómico Pan-STARSS, no Havai, e agora famoso por também se movimentar muito depressa para ter surgido do nosso sistema solar.

Ao contrário do meteoro de 2014, Oumuamua foi detetado longe da Terreno e já está a transpor rapidamente do sistema solar, de combinação com a NASA.

O objeto era semelhante a um cometa, mas com características suficientemente estranhas para desafiar essa classificação. Embora tivesse uma superfície rugosa, alguns cientistas sustentam que possa ser tecnologia estranho.

Amir Siraj, astrofísico teórico da Universidade de Harvard e responsável principal do estudo de 2019, disse ao Vice que ainda pretende que o estudo original seja publicado, para que a comunidade científica possa retomar a investigação.

Porquê o meteorito se incendiou sobre o Oceano Pacífico Sul, é verosímil que estilhaços do objeto tenham derribado na chuva e, desde portanto, se tenham reunido no fundo do mar, acrescentou o perito.

Embora a localização dos fragmentos interestelares possa ser uma tarefa difícil, Siraj sublinhou que já está a consultar peritos sobre a possibilidade de montar uma expedição para os restaurar.

“A possibilidade de obter o primeiro pedaço de material interestelar é suficientemente importante para verificar tudo minuciosamente e falar com todos os peritos mundiais em expedições oceânicas”, conclui Amir Siraj.

  Alice Carqueja, ZAP //

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