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O psiquiatra austríaco Julies Wagner-Jauregg notou que as febres altas aliviavam os sintomas dos pacientes de sífilis, tendo começado a infectá-los propositadamente com malária nesse sentido.
Em 1927, Julies Wagner-Jauregg foi o premido com o Prémio Nobel da Fisiologia ou Medicina, sendo um dos dois únicos psiquiatras a receber oriente prémio. Mas a a razão por detrás deste Nobel foi insólita — o médico austríaco fez os seus pacientes contrair malária, escreve o IFLScience.
Wagner-Jauregg era professor de psiquiatria em 1917 quando reparou que alguns dos seus pacientes com paralisia que foram considerados dementes deram sinais de uma grande recuperação depois de sofrerem uma febre.
Por esta razão, o médico começou a usar os seus outros doentes para fazer experiências e provar esta hipótese, provocando febres nos seus doentes para tentar sossegar os sintomas, uma crença que tinha vários séculos. O investigador testou várias formas para ocasionar esta febre até chegar à malária.
E o risco não é pequeno, já que as febres causadas pela malária têm uma taxa de mortalidade estimada entre os 3% e 20%, e com os cuidados de saúde mais precários no início do século XX, os perigos eram ainda maiores.
Os pacientes em justificação estavam na tempo terminal da sífilis, que justificação uma paralisia universal devido ao ataque da infecção sexualmente transmissível ao cérebro e que, em muitos casos, acaba por levar à morte.
Nesta situação limite, os doentes não tinham zero a perder, já que os riscos de uma infeção com malária que seria acompanhada por médicos eram bastante menores quando comparados com a opção de não se fazer zero e de se permitir que a exigência causada pela sífilis continuasse a piorar.
A versão escolhida foi a Plasmodium vivax, que justificação uma febre subida e longa nos pacientes. O psiquiatra conseguiu resultados positivos no tratamento ainda no primeiro ano das suas experiências, o que levou a que outros clínicos começassem a escolher o mesmo método para tratar a sífilis.
O tratamento persistiu até aos anos 50, quando a penicilina começou a ser o método preferencial para o combate à doença.
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