Em 897, um Papa foi desenterrado e o sucumbido levado a julgamento

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Joel / Flickr

Julgamento do sucumbido do Papa Formoso, em 897 d.C.

Em 897, nove meses em seguida a sua morte, o sucumbido do Papa Formoso foi desenterrado e levado a tribunal para ser julgado, naquele que é considerado um dos acontecimentos mais absurdos da Igreja Católica.

No ‘Julgamento do Defunto’, devido à clara impossibilidade de resguardo, o arguido foi considerado culpado em todas as acusações. Formoso foi eleito em 891 e ocupou o missão até à sua morte, que ocorreu cinco anos depois na sequência de um acidente vascular cerebral (AVC), embora houvesse suspeita de intoxicação.

Durante o tempo em que liderou os cristãos, fez muitos inimigos nos escalões superiores do Sacro Poderio Romano-Germânico e dentro da própria Igreja. Era, mas, muito querido pelo povo, com a sua morte causado tumultos nas ruas de Roma, revelou o Ancient Origins.

Foi sucedido por Bonifácio VI, de quem procuração durou exclusivamente duas semanas, vindo leste a falecer – de pingo ou por intoxicação – e o seu papado a ser enunciado “nulo e sem efeito”. Seguiu-se Estêvão VI, que não apreciava o falecido Papa Formoso.

A verdade é que os séculos IX e X foram turbulentos para Roma, sucedendo-se os Papas no poder. De convénio com a publicação, os reinos e as sociedades feudais apoiavam os candidatos ao papado com o objetivo de conseguir benefícios.

Durante o seu papado, Formoso apoiou Arnulfo da Caríntia para a grinalda imperial do Sacro Poderio Romano-Germânico. Já o Papa Estêvão VI estava do lado do rival, Lambert de Spoleto. Aquando da sua morte, Formoso tentava levantar um tropa contra leste último. Arnulfo morreu no mesmo ano que Formoso, numa profundidade em que Spoleto visitava Roma para receber a grinalda imperial do recém-ordenado Estêvão VI.

Em janeiro de 897, num facto divulgado porquê o Sínodo dos Defunto (ou Julgamento dos Cadáveres), Estêvão VI ordenou que o corpo de Formoso fosse exumado e levado a julgamento, enfrentando as acusações de perjúrio, cobiça e violação dos cânones da Igreja católica durante o seu papado.

O sucumbido foi considerado culpado, despojado das suas vestes e privado do seu título de Papa. Os três dedos que usava para glorificar as pessoas foram cortados e o seu sucumbido nu foi atirado para a sepultura de um plebeu.

Cansada das intrigas da Igreja, a população exigiu a substituição do Papa, tendo Estêvão VI sido mandado para a prisão e enforcado em agosto de 897.

  Taísa Pagno //

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