Embriões sintéticos podem ajudar famílias a engravidar

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Ed Uthman / Wikimedia

Embriões de ratos criados numa placa de laboratório podem um dia ajudar famílias que pretendem engravidar, segundo um novo estudo.

Depois de dez anos de investigação, os cientistas criaram um embrião sintético que começou a formar órgãos sem espermatozoides nem óvulos,através de células estaminais, segundo um novo estudo, publicado na revista Nature a 25 de agosto.

As células estaminais são células não especializadas, que podem ser manipuladas para se tornarem células maduras com funções especiais.

“O nosso padrão de embrião de rato não só desenvolve um cérebro mas também um coração palpitante, todos os componentes que compõem o corpo“, explicou Magdalena Zernicka-Goetz, professora de desenvolvimento de mamíferos e biologia das células estaminais na Universidade de Cambridge, no Reino Uno.

“É mesmo inacreditável que tenhamos chegado até cá. Oriente tem sido o sonho da nossa comunidade há anos, e um grande foco do nosso trabalho durante uma dez, e finalmente conseguimos fazê-lo”, acrescentou a docente.

O estudo é um progresso bastante importante na dimensão e supera um duelo que os investigadores enfrentam ao estudar embriões de mamíferos no útero, de concórdia com Marianne Bronner, professora de biologia no Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena (Caltech), nos Estados Unidos.

“Eles desenvolvem-se fora da mãe e, portanto, podem ser facilmente visualizados através das fases críticas de desenvolvimento que anteriormente eram de difícil aproximação”, acrescentou Marianne Bronner.

O objetivo dos cientistas é passar de embriões de rato para modelos de gravidez humana proveniente, que costumam falhar nas fases iniciais, refere Zernicka-Goetz.

Ao observar os embriões num laboratório em vez de num útero, os investigadores foram capazes de observar melhor o processo, e estudar o porquê de algumas gravidezes falharem e porquê o evitar.

Por enquanto, os cientistas só conseguiram seguir murado de oito dias de desenvolvimento nos embriões sintéticos, mas já conseguiram aprender bastante, segundo Gianluca Amadei, investigador pós-doutorando na Universidade de Cambridge e também responsável do estudo.

“Isto revela os requisitos fundamentais que têm de ser cumpridos para fazer a estrutura certa do embrião com os seus órgãos”, sublinha Amadei.

Para já, a investigação não se aplica aos seres humanos e “é necessário um ressaltado intensidade de melhoramento para que isto seja verdadeiramente útil”, indica Benoit Bruneau, diretor do Instituto Gladstone de Doenças Cardiovasculares e investigador sénior do Gladstone Institutes, citado pela CNN Portugal.

Não obstante, os investigadores prevêem utilizações importantes desta invenção para o horizonte. O processo pode ser usado imediatamente para testar novos medicamentos, salienta Zernicka-Goetz.

A longo prazo, à medida que os cientistas passam de embriões sintéticos de rato para um padrão de embrião humano, também poderá ajudar a erigir órgãos sintéticos para pessoas que necessitam de transplantes, acrescentou Zernicka-Goetz.

Oriente é o primeiro exemplo de trabalho deste tipo“, conclui David Glover, professor de biologia e engenharia biológica na Caltech e também responsável do estudo.

  ZAP //

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