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Por muito surpreendente que possa parecer, as batatas chegaram mesmo a ser proibidas em França, de 1748 a 1772, até que um varão conseguiu salvar a sua reputação.
As batatas foram originalmente introduzidas na Europa pelos espanhóis, que as trouxeram do Soberania Inca. Desconfiados, os franceses tinham receio de novos mantimentos e, por isso, usavam-nas fundamentalmente para fomentar porcos.
Eventualmente, em 1748, o Parlamento galicismo proibiu o cultivo da batata por ser considerada venenosa, e também porque se acreditava que causava lepra.
Os franceses viam a batata uma vez que estranha e perigosa porque eram cultivadas debaixo da terreno e eram evitadas até mesmo por camponeses esfomeados.
Mais tarde, o galicismo Antoine-Augustine Parmentier, que foi tomado pelos prussianos durante a guerra em 1771, foi mantido somente com batatas e percebeu que estas não tinham qualquer efeito nocivo.
Quando Parmentier voltou para França, escreveu uma tese sobre os benefícios da batata uma vez que manadeira de manjar e defendeu que a lei que proibia as batatas fosse revogada.
Para convencer os franceses de que a pomme de terre era deliciosa e não maligna, o médico do tropa galicismo promoveu jantares com o tubérculo difamado, convidando celebridades uma vez que Benjamin Franklin e AntoineLavoisier. Parmentier até ofereceu um bouquet de flores de batata ao reis de França, Maria Antonieta e Luís XVI.
Apesar de alguma resistência popular, a lei viria a ser revogada em 1772. No entanto, os franceses continuavam a reprovar o consumo de batata.
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Retrato de Antoine-Augustine Parmentier.
A solução foi tentar uma abordagem dissemelhante. Em 1781, o rei Luís XVI concedeu-lhe um grande terreno, em Sablons, que foi portanto transformado numa plantação de batatas.
Depois, o médico contratou guardas fortemente armados para proteger a plantação. Parmentier pensou que se as pessoas vissem os guardas, presumiriam que as batatas deviam ser valiosas.
Os guardas de Parmentier receberam ordens para permitir que os ladrões fugissem com as batatas. Se qualquer dos bandidos oferecesse um suborno em troca de batatas, os guardas eram instruídos a comportar o suborno.
As batatas foram usadas para ajudar a combater a inópia no setentrião da França, em 1785, antes da Revolução Francesa. Ainda assim, as pessoas noutras partes de França continuavam desconfiadas em relação ao tubérculo.
Só em 1794 é que as batatas começaram a lucrar popularidade em França. Levante foi o ano em que Madame Merigot publicou um livro de receitas com batatas. As batatas passaram portanto a ser vistas uma vez que “manjar para os revolucionários”.
Parmentier até ganhou um prémio da Liceu de Besançon pela sua investigação que provou que as batatas eram uma ótima manadeira de nutrição para pessoas que sofrem de disenteria.
O famoso hachis parmentier, um empadão de mesocarpo e puré de batata, tradicional da culinária da França, recebeu precisamente o seu nome de Antoine-Augustine Parmentier.
Daniel Costa, ZAP //