Eurovisão no Reino Uno, com 12 cidades prontas para o “ringue”

União Europeia de Radiodifusão confirmou o lugar do Festival Eurovisão da Melodia 2023. Três cidades anunciaram candidatura, nove devem seguir-se.

Havia poucas dúvidas mas a confirmação chegou nesta segunda-feira: o Festival Eurovisão da Melodia 2023 vai ser realizado no Reino Uno.

A União Europeia de Radiodifusão confirmou a mudança de lugar do evento. A Ucrânia ganhou o festival neste ano, seria o país anfitrião no próximo ano mas, devido à guerra, não tem condições para receber o festival.

O Reino Uno foi o país escolhido porque ficou no segundo lugar no festival em 2022, realizado em Itália.

Sam Ryder e o seu Space Man conseguiram 466 pontos, muito detrás dos 631 pontos da vencedora Stefania, do grupo Kalush Orchestra.

Três cidades já anunciaram que vão tentar receber o torneio: Londres, Sheffield e Manchester. Mas, de harmonia com a estação organizadora BBC, mais nove cidades devem em breve “atirar-se para o ringue”.

E de diversos pontos das ilhas: Leeds, Liverpool, Newcastle, Birmingham, Bristol e Brighton (Inglaterra), Aberdeen (Escócia), Belfast (Irlanda do Setentrião) e Cardiff (País de Gales). O processo de candidaturas vai ser desimpedido já nesta semana.

Organizar o Festival Eurovisão da Melodia não é barato: em 2012, por exemplo, o Azerbaijão gastou mais de 50 milhões de euros.

No próximo ano, apesar de não receber o festival, a Ucrânia vai qualificar-se directamente para a final, por ter vencido a edição anterior. E a organização britânica assegura que os valores e características da Ucrânia vão estar presentes.

“O Reino Uno vai realizar um concurso fantástico, em nome dos nossos amigos ucranianos”, escreveu o primeiro-ministro Boris Johnson, que falou na semana passada com Volodymyr Zelenskyy sobre o tópico: “Disse que, onde quer que fosse a Eurovisão, o evento deveria festejar o país e o povo da Ucrânia. Vamos honrar essa promessa”.

O Reino Uno é o país que já recebeu mais vezes o Festival Eurovisão da Melodia: oito edições.

Mas não é o país que já venceu mais vezes o festival – quatro dessas edições foram organizadas pelo Reino Uno devido a desistências do país vencedor no ano anterior (quase sempre por motivos financeiros).

A última vez que o torneio decorreu no Reino Uno (Birmingham) verificou-se em 1998, depois a vitória da música Love Shine a Light, do grupo Katrina and The Waves.

Desde que 1980 que o Festival Eurovisão da Melodia não é organizado pelo país que vence a edição anterior. Aconteceu na profundeza com Israel, também por justificação das despesas.

Aliás, Israel nem participou nesse ano, não defendeu o troféu, na Holanda, porque o festival realizou-se no Dia da Memória vernáculo, de homenagem aos soldados e vítimas de guerra e terrorismo.