
Amanda J. Smith / Universidade de Birmingham
Sensação de artista que mostra a estrela vermelha e os seus dois planetas.
Uma equipa internacional de investigação anunciou a invenção de duas “super-Terras” em trajectória de uma estrela a 100 anos-luz do nosso planeta.
A equipa, que inclui astrónomos da Universidade de Birmingham, detetou os exoplanetas em trajectória de LP 890-9, uma estrela pequena e fria.
Também chamada TOI-4306 ou SPECULOOS-2, é a segunda estrela mais fria que se sabe hospedar exoplanetas, depois da famosa TRAPPIST-1. Esta rara invenção é o tema de uma futura publicação na revista Astronomy & Astrophysics.
O planeta mais interno do sistema, chamado LP 890-9b, é murado de 30% maior do que a Terreno e completa uma trajectória a cada 2,7 dias. Leste primeiro planeta foi inicialmente detetado porquê um verosímil candidato pelo TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite) da NASA, uma missão espacial em procura de exoplanetas em trajectória de estrelas próximas.
Leste candidato foi confirmado e caracterizado pelos telescópios SPECULOOS (Search for habitable Planets EClipsing ULtra-cOOl Stars), um dos quais é operado pela Universidade de Birmingham. Os investigadores do SPECULOOS utilizaram logo os seus telescópios para procurar planetas adicionais em trânsito que não teriam sido observados pelo TESS.
“O TESS procura exoplanetas usando o método de trânsito, monitorizando o cintilação de milhares de estrelas em simultâneo, procurando ligeiras quedas de cintilação que possam ser provocadas pela passagem de planetas em frente das suas estrelas”, explica Laetitia Delrez, investigadora pós-doutorada na Universidade de Liège e autora principal do item científico.
“Todavia, é frequentemente necessário um seguimento com telescópios terrestres para confirmar a natureza planetária dos candidatos detetados e refinar as medidas das suas dimensões e propriedades orbitais”.
Leste seguimento é particularmente importante no caso de estrelas muito frias, porquê LP 890-9, que emitem a maior troço da sua luz no infravermelho próximo e para o qual o TESS tem uma sensibilidade bastante limitada.
Os telescópios do projeto SPECULOOS, instalados no Observatório Paranal do ESO no Chile e na ilhota de Tenerife, estão otimizados para observar oriente tipo de estrelas com subida precisão, graças a câmaras muito sensíveis no infravermelho próximo.
“O objetivo do SPECULOOS é a procura de planetas terrestres potencialmente habitáveis que transitam algumas das estrelas mais pequenas e frias na vizinhança solar, porquê o sistema planetário TRAPPIST-1, que descobrimos em 2016″, recorda Michaël Gillon, da Universidade de Liège e investigador principal do projeto SPECULOOS.
“Esta estratégia é motivada pelo facto de tais planetas estarem particularmente bem-adaptados a estudos detalhados das suas atmosferas e à procura de possíveis vestígios químicos de vida com grandes observatórios, porquê o Telescópio Espacial James Webb”.
As observações de LP 890-9 recolhidas pelo SPECULOOS revelaram-se frutuosas, pois não só confirmaram o primeiro planeta, porquê foram fundamentais para a deteção de um segundo planeta, anteriormente ignoto.
Leste segundo planeta, LP 890-9c (renomeado SPECULOOS-2c pelos investigadores do SPECULOOS), é semelhante em tamanho ao primeiro (40% maior que a Terreno) mas tem um período orbital mais longo de murado de 8,5 dias. Leste período orbital, posteriormente confirmado com o instrumento MuSCAT3 no Hawaii, coloca o planeta na chamada “zona habitável” em torno da sua estrela.
“A zona habitável é um noção sob o qual um planeta, com condições geológicas e atmosféricas semelhantes à Terreno, teria uma temperatura superficial que permitiria à chuva permanecer líquida durante milhares de milhões de anos“, explica Amaury Triaud, professor de Exoplanetologia na Universidade de Birmingham e líder do grupo de trabalho SPECULOOS que programou as observações conducentes à invenção do segundo planeta.
“Isto dá-nos uma licença para observar mais e desvendar se o planeta tem uma atmosfera e, em caso sim, para estudar o seu texto e prescrever a sua habitabilidade”.
O passo seguinte será estudar a atmosfera deste planeta, por exemplo com o Telescópio Webb, para o qual LP 890-9c parece ser o segundo escopo mais favorável entre os planetas terrestres potencialmente habitáveis conhecidos até agora, ultrapassado exclusivamente pelos planetas de TRAPPIST-1 (para os quais o professor Triaud foi também codescobridor).
“É importante detetar o maior número verosímil de mundos terrestres temperados para estudar a pluralidade dos climas exoplanetários e, eventualmente, estar em posição de medir a frequência com que a biologia surgiu no Cosmos”, acrescentou o professor Triaud.