Laser é capaz de transmitir toda a internet em exclusivamente um segundo

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(CC0/PD) SD-Pictures / Pixabay

Para já, trata-se exclusivamente de uma prova de noção, uma vez que os computadores não são capazes de gerar ou receber tantos dados ao mesmo tempo.

Os cientistas continuam a escadeirar recordes de transmissão de dados, com a transmissão mais rápida de informação entre um laser e um único sistema de chip ótico agora fixado em 1,8 petabits por segundo (sendo que um 1 PB corresponde a 1000000000000000 bytes). Trata-se, também, de um valor muito superior à quantidade de tráfico que passa por toda a Internet a cada segundo.

Há ainda outra conferência que demonstra o quão impressionante é a conquista: a velocidade média de descarga de margem larga nos EUA é de 167 megabits por segundo. São necessários 1.000 megabits para chegar a um gigabit, e depois 1 milhão de gigabits para chegar a 1 petabit. Independentemente da forma porquê o apresente, 1,8 petabit é uma quantidade gigante de dados a transmitir num segundo.

O sistema de transferência de dados super sobrecarregado é construído em torno de um chip ótico de conceção personalizada, que utiliza a luz de um único laser infravermelho e divide-a em centenas de frequências. As frequências são isoladas a distâncias fixas umas das outras, porquê dentes num pente – daí o nome para esta feição, que é um pente de frequência.

Cada ‘dente’ num pente de frequência pode enviar a sua própria explosão de dados, que é a forma porquê as enormes taxas de transmissão são alcançadas. Utilizando meios mais convencionais, seriam necessários murado de milénio lasers para transportar o mesmo número de 1s e 0s, descreve o Science Alert.

“O que é privativo neste chip é que ele produz um pente de frequência com características ideais para comunicações de ligamento óptica“, explica o nanocientista Victor Torres Company da Universidade de Tecnologia de Chalmers, na Suécia. “Tem elevada potência ótica e cobre uma ampla largura de margem dentro da região espectral que é interessante para comunicações óticas avançadas“.

Para o conseguir, os investigadores dividiram o cabo de ligamento óptica em 37 secções centrais distintas, e depois cada troço foi dividida em 223 fatias de frequência diferentes – os dentes no pente. Ter tantos dados enviados em paralelo foi crucial para obter a taxa recorde.

Os próprios dados reais foram codificados nos sinais de luz usando um processo chamado modulação, que ajusta a fundura, força, ritmo e direção das ondas de luz para armazenar os 1s e 0s que compõem os dados digitais, pode ler-se no estudo publicado na Nature Photonics.

Por agora, isto é exclusivamente uma prova de noção, até porque os computadores não são capazes de gerar ou receber tantos dados ao mesmo tempo. No caso desta investigação, foram utilizados dados artificiais ‘fictícios‘ para prometer que o sistema funcionava porquê solicitado.

Outrossim, componentes extra — incluindo dispositivos de codificação de dados – precisam de ser incorporados no chip. No entanto, uma vez feito isto, dizem os investigadores, o sistema resultante será muito mais rápido e menos potente do que o que temos agora.

“A nossa solução oferece um potencial para substituir centenas de milhares de lasers localizados em centros de Internet e centros de dados, todos eles alimentados por guzzle e geradores de calor”, diz o engenheiro elétrico Leif Katsuo Oxenløwe da Universidade Técnica da Dinamarca.

“Temos uma oportunidade de contribuir para obter uma Internet que deixa uma menor pegada climática“.

Através da utilização de um padrão computacional, os investigadores puderam também instaurar que existe um potencial sucoso quando se trata de aumentar a graduação do sistema — taxas de transmissão de dados ainda mais elevadas deverão ser possíveis no horizonte. Ao dividir ainda mais as frequências de luz e ao amplificar ainda mais os sinais produzidos, são viáveis taxas até 100 petabits por segundo, mostram os modelos. Tudo isto pode ser feito sem perder a fiabilidade dos dados.

Chegar a essa temporada vai depender de melhorias noutras áreas da computação, e na infra-estrutura da Internet, mas as tecnologias subjacentes – lasers, ligamento óptica – não estão muito longe do que já estamos a utilizar. “Quanto mais componentes pudermos integrar no chip, mais eficiente será todo o transmissor“, diz Katsuo Oxenløwe. “Será um transmissor óptico de sinais de dados extremamente eficiente”.

  ZAP //

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