Na Amazónia, há abelhas sem ferrão a produzir mel “milagroso”

Em plena floresta amazónica peruana, espécies locais de abelhas conseguem produzir mel, apesar de não terem ferrão. O resultado final é cada vez mais procurado para comida e para a medicina.

Historicamente, oriente mel era colhido na natureza, uma prática que destrói as colmeias. Mas nos últimos anos, cientistas uma vez que Cesar Magro, do Instituto de Investigaciones de la Amazonía Peruana (IIAP), têm ensinado as pessoas a produzir e manter os insetos de forma sustentável.

“As abelhas sem ferrão estão a trazer vida de volta à Amazónia”, diz Rosa Vásquez Espinoza, bioquímica que formou parceria com Magro. Elas fornecem mel medicinal, rendimento e benefícios de polinização para uma região que foi muito afetada pela covid-19 e que precisa de ajuda.

Segundo a National Geographic, vários estudos sugerem que o mel de abelhas sem ferrão tem propriedades antimicrobianas, anti-inflamatórias e cicatrizantes.

As abelhas sem ferrão produzem mel que contém produtos químicos que evitam o incremento microbiano e fúngico. Não é por possibilidade que alguns até já lhe chamam “líquido milagroso”.

Os locais usam vários tipos de mel de abelhas sem ferrão e a cera das suas colmeias para tratar infeções respiratórias, doenças de pele, problemas gastrointestinais e até mesmo para tratar diabetes e cancro.

Embora alguns estudos já tenham reforçado alguns dos usos do mel, é necessária mais investigação para desvendar o seu verdadeiro potencial.

No Brasil, a meliponicultura, a geração racional de abelhas sem ferrão, é bastante generalidade, cada vez mais sofisticada e popular, mas no Peru a prática começa a desenvolver e a expandir-se.

A geração das abelhas permite que os tratadores dividam os ninhos e estabeleçam uma nascente seguro de rendimento. As abelhas sem ferrão também são importantes para a saúde do ecossistema e benéficas para a cultivação.

Abelhas sem ferrão podem ajudar a aumentar o rendimento de uma cultura nativa, camu camu, em quase 50%, por exemplo.

“As abelhas nativas são melhores para produzir – elas são mais dóceis, pois não picam”, diz o apicultor peruviano Heriberto Vela Córdova.

“O mel é de maior qualidade devido às suas propriedades curativas… e as abelhas nativas constroem os seus potes com cera que produzem e com a resina que extraem das árvores, algumas das quais são conhecidas por serem medicinais, uma vez que a resina de árvore de sangue de dragão”.