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Os núcleos de gelo têm também provas sobre o impacto no clima das grandes erupções vulcânicas, o que pode ser útil nas previsões futuras.
Um novo estudo publicado na Climate of the Past analisou núcleos de gelo com 60 milénio anos e revelou que houve milhares de erupções vulcânicas nessa fundura, desde a última Idade do Gelo. 25 das erupções são maiores do que todas as que abalaram a Terreno nos últimos 2500 anos.
Os investigadores escavaram os núcleos perto de ambos os polos, na Antártida, onde foram detetadas 737 erupções e na Gronelândia, onde foram descobertas 1113 erupções, relata o Science Alert.
85 destas erupções foram tão grandes que deixaram provas nos polos, provas essas que consistem em depósitos de ácido sulfúrico que dão pistas sobre o tamanho e o impacto que alguns vulcões em privado tiveram.
“Quando uma erupção muito grande acontece, o ácido sulfúrico é ejetado até à atmosfera superior, que é depois distribuída globalmente — incluindo até à Gronelândia e à Antártida. Podemos prezar o tamanho de uma erupção ao olharmos para a quantidade de ácido sulfúrico que caiu“, afirma o físico Anders Svensson, da Universidade de Copenhaga.
NEEM
Anders Svensson examina os núcleos de gelo
A equipa usou o índice de explosividade vulcânica, que vai de ordem crescente de 1 até 8, e descobriu que 69 erupções vulcânicas que excederam a erupção do Tambora em 1815 — que teve uma classificação de 7 no índice e foi potente o suficiente para bloquear a penetração da luz solar e iniciar um período de esfriamento global.
Estas 69 erupções incluem uma no lago Taupo, na Novidade Zelândia, há 26 500 anos, e uma em Toba na Indonésia, há murado de 74 milénio anos, estando ambas no nível 8. A erupções no nível 7 acontecem uma ou duas vezes a cada milhar de anos, por isso podemos ter uma em breve.
Os investigadores antecipam que uma do nível 8 aconteça entre daqui a 100 anos e alguns milhares de anos. O estudo ajuda a preencher algumas das lacunas no registo vulcânico da Terreno e baseia-se em pesquisas anteriores que sincronizaram os prazos através dos núcleos de gelo dos dois polos, podendo assim identificar com maior precisão as erupções que tiveram efeitos mais significativos.
Os núcleos de gelo também captam as temperaturas antes e depois das erupções, o que nos dá um vislumbre do seu efeito no clima global, visto que os eventos mais fortes podem fomentar um esfriamento entre 5 e 10 anos em seguida acontecerem.
“Os núcleos de gelo contém informação sobre as temperaturas antes e depois das erupções, o que nos permite calcular o seu efeito no clima. Visto que erupções mais fortes nos dizem muito sobre quão sensível o nosso planeta é às mudanças no sistema climatológico, podem ser úteis nas previsões climáticas“, remata.
ZAP //