
Em Inglaterra, Escócia e País de Gales, era generalidade possuir um “voraz de pecados”, que, porquê o nome indica, consumia os pecados dos mortos para estes poderem resfolgar em sossego.
Nem todos estão satisfeitos com o tarefa que têm. Seja porque não gostam do que fazem, do sítio em que trabalham ou do salário que recebem. No entanto, dificilmente as pessoas se queixarão de ter de sugar os pecados de pessoas que acabaram de morrer.
“Devoradores de pecados” eram pessoas que, através de rituais, pela forma de comida e bebida, assumiam os pecados de uma pessoa, muitas vezes por razão de uma morte recente, absolvendo a sua espírito e permitindo que a pessoa descansasse em sossego no Além.
Se viu o filme “Final Cut – A Última Memória” (2004) provavelmente a descrição não lhe é estranha. No filme, o modus operandi de um voraz de pecados é descrito detalhadamente.
Alan Hakman, interpretado por Robin Williams, explica que colocava nos olhos duas moedas, e sobre o peito um pedaço de pão e uma pedaço de sal, assumindo os pecados do moribundo. O “voraz de pecados” recebia porquê pagamento pelos seus serviços as moedas, o pão e o sal, utilizados no ritual.
Levante ritual é dito ter sido praticado em partes de Inglaterra e Escócia, e supostamente sobreviveu até final do século XIX no País de Gales.
“Eu dou servidão e folga agora para si, querido varão/mulher/párvulo. Não venha pelas ruas ou nossos prados. E por sua sossego, penhoro a minha própria espírito. Amém”, teria dito o voraz de pecados enquanto fazia o ritual.
Na veras, ninguém sabe ao evidente porquê é começou esta prática bizarra. Alguns associam ao Cristianismo, à crença de que Jesus Cristo se sacrificou para purificar a humanidade dos seus pecados.
Outros acreditam estar ligada à tradição judaica de manifestar pecados numa cabra. Há ainda quem sugira que tem raízes no rotina medieval de os nobres darem pão aos pobres em troca de orações por um familiar falecido.
A crença popular era de que o voraz de pecados era maldito e obsesso pelos pecados que tinha livrado do defunto. Em alguns casos, era até espancado ou expulso de morada pelos familiares.
Daniel Costa, ZAP //