ONU diz que envio de tropas da Rússia para fronteira

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O secretário universal da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, manifestou-se  sobre o envio de soldados russos à região independentista de Donbas, afirmando que “não são uma missão de silêncio”. Guterres classificou o momento atual uma vez que a maior crise de segurança e silêncio global dos anos recentes. A tensão entre Rússia e Ucrânia foi tema de debate na Parlamento Universal da ONU nesta quarta-feira (23).

“Quando as tropas de um país entram no território de outro país sem seu consentimento, não são forças de silêncio imparciais”, declarou Guterres, ressaltando que a Rússia estaria violando a soberania e o território ucranianos.

Já o presidente da Parlamento Universal da ONU, Abdulla Shahid, pediu aos países um compromisso integral com a Missiva da ONU, já que seus princípios e propósitos seriam o único caminho para conferir uma silêncio duradoura.

O ministro de Relações Exteriores ucraniano, Dmitro Kuleba, pediu mais sanções, armamento e diplomacia de forma simultânea para “tutorar seu país”. “Devem ser impostas mais sanções, devem nos prover de mais armas e devem multiplicar-se as ações diplomáticas”, disse Kuleba diante de o pleno da ONU.

O Projecto de Resposta Humanitária para a Ucrânia em 2022 revela que 144 milénio deslocados internos vivem em áreas controladas pelo governo em Donetsk e Lugansk, além de outras regiões.

Os porta-vozes dos exércitos rebeldes de Donbas afirmam que os ataques das forças de segurança ucranianas e grupos paramilitares duplicaram nos últimos dias, com um totalidade de 14 bombardeios e 145 disparos de projéteis.

:: Regiões separatistas de Donetsk e Lugansk anunciam evacuação em volume de civis para Rússia ::

O director das milícias populares pró-independência de Lugansk, Iván Filiponenko, ainda afirmou que civis ucranianos estão sendo evacuados das regiões independentistas para dar espaço a novas tropas do tropa ucraniano. 

Um monitoramento de satélite da Organização para Segurança e Cooperação da Europa (OSCE) detalha que somente no dia 21 de fevereiro foram registrados 703 violações do cessar-fogo na zona. Enquanto no período anterior, entre 18 e 20 de fevereiro, houve um totalidade de 3231 ataques.


Soldados ucranianos e crianças circulam pelas ruas de Krasnohorivka, Donetsk / Ashley Gilbertson / UNICEF

O Parecer de Segurança da ONU, que atualmente é presidido pela Rússia, realizou uma sessão de emergência na última segunda-feira (21) atendendo a pedidos da Ucrânia, EUA, Albânia, Reino Uno, Irlanda, México, Noruega e França.

O organização não chegou a sancionar alguma solução em consenso. Durante a reunião, o representante russo Vasili Nebenzia, acusou Kiev de “sabotar e fazer de tudo para destruir os Acordos de Minsk”. Ainda disse que o deslocamento de tropas da Rússia e o reconhecimento da independência da região buscava impedir um novo “banho de sangue”.

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A representante estadunidense no Parecer de Segurança, Rosemary DiCarlo, afirmou que o reconhecimento da independência de Donbas poderia gerar um conflito importante de “proporções regionais e globais”.

Já o diplomata ucraniano, Serhiy Kyslitsa, exigiu que a Rússia anule seu reconhecimento das repúblicas de Donetsk e Lugansk e ressaltou que, segundo a Missiva da ONU, a Ucrânia tem recta a autodefesa individual e coletiva.

Edição: Arturo Hartmann

Nascente: Brasil de Trajo

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