Perante a prenúncio das invasoras, empresa norte-americana vai lançar 2.4 milénio milhões de mosquitos modificados

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(dr) Envato Elements

Especialistas alertam para a possibilidade de o método não ser totalmente seguro e poder simbolizar riscos para a saúde das populações humanas.

A Sucursal de Proteção Ambiental dos Estados Unidos autorizou a libertação de 2,4 milénio milhões de mosquitos geneticamente modificados na Califórnia e na Flórida. As espécies em desculpa serão machos Aedes aegypti sem capacidade de pungir ou reproduzir fêmeas. A empresa responsável pela sua produção, a Oxitec, explicou que o projecto visa reduzir o número de invasores, que podem transportar doenças uma vez que o zika, a febre amarela e a dengue.

Enquanto os mosquitos fêmeas vão morrer, os machos deverão reproduzir-se e espalhar o gene modificado para a geração seguinte, o que acabará por levar ao declínio da população. Esta é uma medida preventiva, já que, tal uma vez que explica o Smithsonian, estas doenças ainda não constituem uma prenúncio aos habitantes humanos da Califórnia ou Florida. No entanto, a sua existência e propagação já foi sinalizada uma vez que um risco, face ao incremento que têm registado ao longo dos últimos anos.

“Tendo em consideração o crescente risco para a saúde humana que estes insetos representam, estamos a trabalhar para tornar esta tecnologia barata e atingível“, explicou o CEO da empresa, Grey Frandsen. “Nascente programa piloto, através dos quais podemos provar a eficiência da tecnologia em diferentes climas, podem desempenhar um papel importante precisamente nisso.”

A empresa também anunciou que os mosquitos terão um marcador genético para que os cientistas possam facilmente distingui-los dos restantes membros da sua espécie.

A experiência é a extensão de um projeto piloto reconhecido pelo mesmo organização em 2020 e que se realizou em 2021. Nesse ano, a Oxitec lançou 144 milénio mosquitos geneticamente modificados na Florida. O mecanismo foi também testado no Brasil, onde, no período de 13 semanas, 95% dos indivíduos da espécie foram aniquilados.

“É talentoso”, descreveu Mustapha Debboun, médico e veterinário do Delta Mosquito and Vector Control District. “Em vez de usarmos seres humanos para aplicarem pesticidas para matar os mosquitos, estamos a usar mosquitos machos para fazerem o trabalho por nós. É a natureza contra a natureza.”

No entanto, os críticos não estão convencidos que o método — e, mais especificamente, os mosquitos — seja completamente seguro. “Não exige um pouco 100% eficiente na ciência”, aponta Dana Perls, gestora do programa de tecnologia e sustento da Friends of the Earth. “Ainda assim, ao público está a ser pedido que confie que a experiência da Oxitec vai funcionar e nenhum mosquito fêmea vai sobreviver. Porquê podemos saber isso?

Segundo o The Guardian, alguns dos opositores do método justificam a sua posição com a possibilidade do contacto dos animais com Tetracycline, um antibiótico usado na cultivação, que o jornal diz que permitira aos mosquitos fêmeas sobreviver. Porquê tal, exigem que mais testes sejam feitos.

“A partir do momento em que forem lançados, os mosquitos medicamente modificados não podem ser recolhidos”, explicou Robert Gould, presidente do San Francisco Bay. “”Em vez de avançarmos com uma experiência genética não regulamentada e ao ar livre, precisamos de ação preventiva, dados transparentes e avaliações de risco adequadas”.

  ZAP //

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