Putin fracassou com expectativa de uma operação rápida

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O presidente russo, Vladimir Putin, ao participar de uma reunião com o Raciocínio de Segurança da Federação Russa nesta quinta-feira (3), afirmou que a operação militar próprio está ocorrendo em “estrita conformidade com o cronograma, de consonância com o projecto, e todas as tarefas atribuídas estão sendo resolvidas com sucesso”. Todavia, especialistas que conversaram com o Brasil de Veste avaliam que objetivos militares iniciais de Moscou não foram alcançados no tempo que se previa, levando a uma situação de escalada da guerra e um cenário imprevisível.

 

“Blitzkrieg” fracassada

Em entrevista coletiva à mídia estrangeira nesta quinta-feira (3), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, afirmou que uma solução entre os representantes da Rússia e da Ucrânia “será encontrada”, mas destacou que, “apesar das negociações, Moscou continuará a operação militar”. Ao lamentar as vítimas civis do confronto, o chanceler disse que a vida humana não tem preço, mas qualquer ação militar envolve baixas.

Em entrevista ao Brasil de Veste, o investigador político Pavel Usov afirmou que os objetivos iniciais da guerra — classificada na Rússia porquê operação próprio militar — foi realizar uma “Blitzkrieg” (guerra relâmpago). De consonância com ele, pelo que se viu nos primeiros dois dias de ataque, Moscou tinha a expectativa de uma desfecho rápida e bem-sucedida das ações militares.

Os objetivos desta operação, segundo o pesquisador, era realizar ataques preventivos e inesperados de petardo e mísseis e gerar um cenário de pânico na Ucrânia. Com isso, as autoridades perderiam o controle do governo e das forças armadas, que ficariam rapidamente desmoralizadas e sem provar resistência. “Zero disso aconteceu”, diz ele.

“Difícil expressar porquê foi feita tal avaliação da situação. As próprias autoridades russas podem ter derribado na emboscada da própria propaganda e ilusão sobre o que está acontecendo na Ucrânia, de que nacionalistas e fascistas estão realmente oprimindo a população ucraniana. Eu acho que foi criado esse mito, ativamente manteúdo na mentalidade da sociedade durante todos os oito últimos anos”, argumenta.

A pesquisadora sênior da Ateneu de Ciências da Rússia, Alexandra Felippenko, por sua vez, compartilha da teoria que os objetivos oficiais anunciados pelo Kremlin não foram alcançados, ainda que seja difícil enxergar com transparência o cenário dada as informações conflitantes sobre a disputa.

“É difícil crer 100% em alguma das partes. Há informações de que os combates ainda ocorrem, há informações de que algumas cidades estão ocupadas. De qualquer jeito, o primeiro objetivo da desnazificação, porquê foi anunciado, claramente não foi conseguido. No que diz saudação à libertação de Donetsk e Lugansk nas suas fronteiras administrativas, não dá pra declarar com certeza enquanto não for fixado juridicamente”, declara ao Brasil de Veste

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Ao fazer um balanço dos resultados das operações militares russas até agora, o técnico militar Yuri Lyamin diz ao Brasil de Veste que atualmente é provável observar uma série de objetivos intermediários, porquê, por exemplo, o indumentária de que as tropas das autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Luganask, com a ajuda russa, romperam a risca de frente ucraniana em Donbass e estão desenvolvendo uma ofensiva na região.

“Aliás, a retirada das tropas russas que avançavam da Crimeia para a retaguarda do grupo ucraniano em Donbass possibilitou o cerco de troço de suas forças em Mariupol. A saída das tropas russas para o Dnieper possibilitou o desbloqueio do Meio da Crimeia do Setentrião, que deve permitir a retomada do aprovisionamento de chuva à Crimeia. O controle de Kherson forneceu uma base para um maior progresso ao longo da costa do Mar Preto. Também do sul há um progresso gradual para o setentrião ao longo do Dnieper”, destaca o técnico militar.

Para o investigador político Pavel Usov, por mais que a capacidade militar da Ucrânia não possa ser comparada com a da Rússia, o tropa ucraniano mostrou ter um equipamento militar moderno e militares muito preparados para enfrentar a guerra relâmpago promovida por Moscou.

Neste contexto, ele afirma que o presidente Putin se encontra agora em um “beco sem saída” porque voltar detrás nas exigências que foram anunciadas anteriormente, sobre a desmilitarização, a desnazificação, com certas exigências de compromisso em relação à Ucrânia, significaria a sua guião. “E está evidente que ninguém vai comportar isso”, acrescenta.

Aliás, Alexandra Felippenko considera que, em relação aos objetivos da operação militar, há ainda muita incompreensão, inclusive entre as elites políticas russas, por conta dos planos frustrados de uma solução rápida.

“Eu acredito que agora muitos dos especialistas e até muitos políticos russos, que talvez soubessem da preparação da operação, ainda assim se encontram agora nessa situação de perplexidade. Justamente assim porquê a população russa, que se encontra na situação de perplexidade.”

Ela lembra que em 2014 houve visível consenso no suporte posteriormente às autoridades russas com a anexação da Crimeia, com a maioria dos russos realmente considerando que a península deveria fazer troço da Rússia. “Realmente o suporte ao presidente Putin nesta decisão foi, se não foi inteiro, pelo menos havia a sentimento de suporte da maioria. Agora o sentimento é dissemelhante”, completa.


Refugiados que chegam da Ucrânia descem de um trem na estação ferroviária da cidade fronteiriça húngara-ucraniana de Zahony / Attila Kisbenedek / AFP

Russos sentem novidade verdade com isolamento

Com a intensificação dos ataques, a comunidade internacional aplicou duras sanções contra a Rússia. Em pessoal, bancos russos começaram a ser desligados da plataforma Swift, um sistema de pagamentos entre instituições financeiras de mais de 200 países. 

Na última quarta-feira (2), os EUA também ampliaram suas sanções a 22 empresas e entidades russas ligadas ao setor de resguardo do país.

Alexandra Felippenko, que vive em Moscou, conta que os primeiros sinais das restrições internacionais vêm afetando os preços das mercadorias de uma maneira universal e, em pessoal, alguns bancos afetados vêm apresentando problemas nas transações bancárias.

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“Há sanções no que diz saudação à impossibilidade de fazer pagamentos com Apple Pay, usar os serviços da Apple, incapacidade de comprar os produtos da Apple, e os preços desses produtos explodiram. Existe o indumentária de que é difícil sacar verba de caixas automáticos. Hoje em muitos caixas automáticos o sumo de saque era de 20 milénio rublos (murado de R$935) no câmbio atual”, explica.

Aliás, a pesquisadora da Ateneu de Ciências da Rússia disse que houve filas enormes nos postos de renovação de passaportes para viagens internacionais para que as pessoas tenham a documentação apropriada para poder transpor do país.

Aliás, ela chamou a atenção para o indumentária de que nos primeiros dias do conflito, houve intensos protestos contra a guerra em diversas cidades russas, mas potente repressão policial e o grande número de detenções afastou as pessoas das ruas.

“Uma vez que estou em Moscou, moro perto e passei por perto [das manifestações] e vi que as pessoas que gritavam “não à guerra” eram presas, jogadas nos camburões e detidas […] É evidente que esse sistema é difícil ser percebido por pessoas que não moram na Rússia ou em Belarus. Os bielorrussos sabem muito muito porquê é terrífico se superar e transpor às ruas porque qualquer pessoa que hoje é detida com um edital escrito ‘não à guerra’ é ameaçada de passar anos na ergástulo”, acrescenta.

De consonância com ela, agora, pela novidade tradução da Procuradoria-geral, há uma novidade formulação de que realizar “suporte financeiro, suporte informacional ou quaisquer formas de suporte ao outro lado do conflito militar pode ser considerado porquê forma de ‘traição’”. “Essa formulação curiosa sobre quaisquer formas pode valer que praticamente qualquer pessoa que se manifesta ou, sobretudo, vai às ruas, pode finalizar na prisão por muitos anos”, completa.

O gabinete do Procurador-Universal da Rússia emitiu um aviso em 27 de fevereiro de que o Código Penal pátrio prevê até 20 anos de prisão para quem ajudar “um Estado estrangeiro, organização internacional ou estrangeira ou seus representantes em atividades dirigidas contra a segurança da Federação Russa”.

O enviado acrescenta que a supervisão ocorre em conexão com o indumentária de que “as Forças Armadas da Federação Russa estão realizando uma operação próprio para proteger as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk”.

Edição: Thales Schmidt

Natividade: Brasil de Veste

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