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A picada dos escorpiões maiores geralmente desculpa exclusivamente alguma irritação. No caso dos escorpiões mais pequenos, o veneno é mais poderoso e mortífero.
No Reino da Caveira de Cristal, Indiana Jones partilhou a sua sabedoria ao manifestar que quando somos confrontados com escorpiões, quanto maior forem, melhor — e a teoria do aventureiro foi agora confirmada cientificamente.
Segundo um estudo publicado na Toxins os escorpiões mais pequenos são mais mortíferos — e esta investigação é útil no desenvolvimento de melhores opções de tratamento para picadas destes animais.
A toxina de um escorpião pode fomentar tudo desde dores intensas, dormência, espasmos musculares e até fomentar um batimento cardíaco irregular. Todos os anos, mais de um milhão de pessoas são picadas por escorpiões e mais de 3000 acabam por perder a vida.
Geralmente, as vítimas não sabem identificar o tipo de escorpião que as picou, o que dificulta a tarefa dos médicos, que têm de tentar presumir qual é o melhor tratamento. No novo estudo, a equipa analisou a literatura científica em procura de dados sobre o tamanho dos escorpiões e das suas pinças, a forma das caudas e a toxicidade de 2500 espécies possíveis.
No final, acabaram por estudar exclusivamente 36 espécies, que variaram entre o escorpião mexicano (Centruroides noxius) e o escorpião da rocha (Hadogenes granulatu), que é cinco vezes maior, relata a Science.
As conclusões mostram que o veneno do escorpião da rocha desculpa uma ligeiro irritação, enquanto que o veneno dos animais maiores pode fomentar choque nas vítimas. Os escorpiões com pinças mais finas também são mais perigosos e o padrão em relação ao tamanho aplica-se a todas as espécies.
Isto aponta para que tenha havido uma mudança ao longo da evolução, já que quando apareceram, os escorpiões dependiam das suas grandes pinças para atacarem as presas. No entanto, quando desenvolveram o seu veneno, já não precisavam de pinças tão grandes.
A invenção é útil no tratamento de vítimas de picadas, já que podem facilmente indicar qual era o tamanho do bicho aos clínicos.
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