
A equipa que conseguiu captar pela primeira vez uma imagem do Sagittarius A*, ou Sgr A*, o buraco preto supermaciço no meio da Via Láctea integra um português.
Uma equipa de astrónomos do Observatório Europeu do Sul, da qual faz secção o português Hugo Messias, apresentou esta quinta-feira a primeira imagem de sempre do do Sagittarius A*, ou Sgr A*, o buraco preto supermaciço no meio da Via Láctea.
A imagem foi obtida a partir de uma rede de oito radiotelescópios espalhados pelo mundo, incluindo o ALMA, no Chile.
O trabalho envolveu mais de 300 cientistas no chamado consórcio Event Horizon Telescope, que em abril de 2019 revelou a primeira imagem alguma vez divulgada de um buraco preto, no caso o M87*, situado no meio de uma galáxia mais distante do que a Via Láctea, a Messier 87.
A imagem agora divulgada, tal porquê a de 2019, não é o buraco preto em si, uma vez que é invisível, com forças gravitacionais tão extremas que zero deixam evadir, nem mesmo a luz.
O que se vê é a sua sombra rodeada por uma estrutura anelar claro formada por gás, esclarece em transmitido o Observatório Europeu do Sul, que opera o radiotelescópio ALMA.
EHT Collaboration
Primeira imagem do Sagittarius A*, o buraco preto supermaciço no meio das Via Láctea
“Esta novidade imagem tomada a luz que se curva sob a enorme força da sisudez do buraco preto”, que é tapume de quatro milhões de vezes mais maciço do que o Sol.”, salienta o transmitido.
Os astrónomos já suspeitavam da presença de Sgr A*, que está a respeito de 27 milénio anos-luz da Terreno, pela existência de estrelas em trajectória de alguma coisa invisível, compacto e muito maciço no meio da Via Láctea, que alberga o Sistema Solar.
A imagem foi obtida depois de os dados recolhidos das observações feitas em 2017 terem sido processados e analisados durante cinco anos com o auxílio de supercomputadores.
Apesar de os buracos negros Sgr A* e M87* serem muito parecidos, o do meio da Via Láctea é tapume de milénio vezes mais pequeno e menos maciço do que o da galáxia Messier 87.
Lia Medeiros, xkcd / EHT collaboration
Verificação de tamanhos entre os buracos negros M87* e Sgr A*
Em ambos os buracos negros, o gás circundante move-se à mesma velocidade, quase à velocidade da luz (e zero é mais rápido do que a velocidade da luz).
No entanto, o gás leva entre dias e semanas a orbitar o M87* e exclusivamente minutos a completar uma volta em torno de Sgr A*, tornando o luz e o padrão do gás muito variável.
Apesar das diferenças verificadas, os dois buracos negros estão dentro das previsões feitas pelo físico Albert Einstein (1879-1955) na Teoria da Relatividade Universal, publicada em 1915.
Os resultados do trabalho que deu origem à imagem de Sgr A* são descritos em seis artigos hoje publicados na revista da especialidade The Astrophysical Journal Letters.
Segundo o Observatório Europeu do Sul, organização astronómica da qual Portugal faz secção, a equipa do Event Horizon Telescope começou a “utilizar os novos dados para testar teorias e modelos” de porquê é que o gás se comporta em torno de buracos negros supermaciços.
Levante é um processo que os cientistas pensam que desempenha um papel crucial na formação e evolução das galáxias.