
Wikimedia
Investigação sugere que a Rússia está a erigir uma arma anti-satélite gigante de laser perto de Zelenchukskaya, na zona sudoeste do país.
Em novembro de 2021, a Rússia lançou um míssil anti-satélite para provar a sua capacidade de amesquinhar satélites espiões.
O que era suposto ser uma prova de destreza técnica revelou-se um treino potencialmente imprudente que pôs em risco até a vida dos astronautas da Estação Espacial Internacional, segundo relembra a Interesting Engineering.
Estimativas sugerem que a prova gerou 1.500 peças de lixo espacial que voaram a velocidades supersónicas. A Rússia poderá não ter de adotar uma abordagem tão radical no horizonte se a sua alegada arma anti-satélite for online.
Com o aumento dos drones, os militares estão a adotar novos métodos para os combater, tais porquê bloquear os sinais de ingresso ou simplesmente disparar os drones com lasers até derreterem ou os seus circuitos queimarem. Agora, a Rússia está a planear utilizar um laser capaz de cegar também os satélites.
De concordância com uma investigação realizada com informação de domínio público, o Ministério da Resguardo russo está a erigir uma instalação perto do radiotelescópio RATAN-600 em Zelenchukskaya — o projeto chama-se Kalina.
Segundo a investigação publicada em The Space Review, as instalações foram planeadas há muitos anos, mas as imagens Google Earth mostram que a construção começou recentemente num múltiplo de vigilância espacial que é operado pelo Ministério da Resguardo russo.
Mais detalhes disponíveis em documentos de patentes e aquisições mostram que o projeto Kalina dispõe de um sistema de localização com ótica adaptativa, o que vai ajudar a minorar as perturbações atmosféricas.
Aliás, a arma laser terá o seu próprio sistema para detetar a luz refletida do seu níveo, para que possa concentrar-se na ótica de forma precisa.
Embora as tentativas anteriores de utilização de lasers tenham tido porquê objetivo cegar temporariamente os satélites, a Rússia está a ir a todo o vapor com lasers tão brilhantes que danificam permanentemente os sensores.
O objetivo da Rússia de atingir satélites pode também ter sido uma resposta a experiências recentes com as “operações militares” na Ucrânia.
Os serviços de Internet Starlink do SpaceX destruíram a campanha de informação russa na Ucrânia, ao mesmo tempo que o SpaceX estava a resistir às tentativas de invadir e bloquear os seus satélites na região.
O CEO do Space X, Elon Musk, já revelou que a sua empresa podia colocar satélites mais rapidamente do que um contendedor os podia derrubar.
Com o alvoroço internacional sobre o teste anti-satélite, é provável que a Rússia esteja à procura de formas menos explosivas de combater as ameaças dos satélites e o projeto Kalina parece ser um passo nessa direção.
Tal porquê David Thompson, General da Força Espacial, tinha permitido no ano pretérito, a Rússia e a China têm vindo a focar-se nos satélites dos EUA, e com a China também a desenvolver ferramentas para combater os satélites, poderão estar mais perto do que nunca de os conseguir destruir.
Alice Carqueja, ZAP //
Seja um visitante de carteirinha, assine nossa newsletter e receba conteúdos exclusivos