“Somos solidários à Rússia”: bolsonaristas negam que frase

Os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) estão compartilhando, na manhã desta quinta-feira (24), uma informação falsa dizendo que a enunciação do director do Executivo sobre “solidariedade à Rússia” durante visitante diplomática ao presidente russo Vladimir Putin não teria ocorrido.
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No entanto, a frase foi dita por Bolsonaro ao lado de Putin na reunião entre eles, diante da prensa. Um vídeo mostra o exato momento em que o brasiliano deu a enunciação: “Somos solidários à Rússia”, afirmou.
O presidente está sendo duramente criticado pela frase depois que, em exposição divulgado na madrugada desta quinta-feira (24), Putin anunciou uma “operação militar privativo” na região de Donbass, no leste da Ucrânia.
Assista ao vídeo (a partir dos 8 segundos):
“Somos solidários à Rússia”, diz @jairbolsonaro no início do encontro com Vladimir Putin.
Presidente disse que Brasil “tem muito a colaborar” em diversas áreas, incluindo resguardo.
Líder russo agradeceu em português. pic.twitter.com/Qj9Hw1x6To
— Metrópoles (@Metropoles) February 16, 2022
Uma vez que forma de tentar confundir, os bolsonaristas selecionaram uma outra enunciação feita por Bolsonaro na visitante à Rússia em que ele fala sobre “solidariedade”. Neste momento, todavia, ele não cita a Rússia.
“Somos solidários a todos aqueles países que querem e que se empenham pela silêncio”, disse o brasiliano, nesta outra ocasião.
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O indumento foi usado por uma apoiadora do presidente identificada porquê Elisa Brom para declarar que é “inacreditável a canalhice e desonestidade de segmento dos ‘jornalistas’ brasileiros”.
Somente na conta de Elisa Brom no Twitter, o vídeo já tem mais de 10 milénio visualizações. A peça que desinforma a reverência das declarações do presidente foi publicada às 10h20 desta quinta.
Putin inicia operação militar
No exposição divulgado na madrugada desta quinta-feira (24), Putin afirmou que o objetivo da operação na Ucrânia é proteger um povo submetido a oito anos de “genocídio pelo regime de Kiev”. A enunciação faz referência ao período iniciado com os protestos na Ucrânia que derrubaram o portanto presidente Viktor Yanukovych, em 2014.
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“As circunstâncias nos obrigam a tomar medidas decisivas e imediatas. As repúblicas populares de Donbass pediram ajuda à Rússia. A leste reverência, de combinação com o cláusula 51, segmento sete da Missiva da Organização das Nações Unidas (ONU), com a sanção do Recomendação da Federação e em cumprimento de tratados de amizade e assistência mútua com a RPD e a RPL, ratificados pela Parlamento Federalista, decidi realizar uma operação militar privativo”, disse o presidente russo.
A espaço é controlada por separatistas, que Putin reconheceu porquê independentes nesta semana. Donbass, no leste da Ucrânia, é um território de maioria russa onde situam-se duas importantes cidades separatistas: Donetsk e Lugansk. “Os confrontos entre forças ucranianas e russas é inevitável, é unicamente uma questão de tempo”, declarou o líder russo.
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O presidente russo recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para moradia”. Em resposta a uma fala do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, de que Kiev pode reconsiderar o status não nuclear do país, Putin também afirmou que a Rússia não permitirá que isso ocorra.
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“Os países líderes da Organização do Tratatado do Atlânico Setentrião (OTAN) perseguem seus próprios objetivos apoiando totalmente os nazistas e neonazistas extremistas da Ucrânia, que, por sua vez, nunca perdoarão as pessoas da Crimeia e de Sebastopol por sua livre escolha de se reunificarem à Rússia”, disse Putin.
Ucrânia cita ‘invasão’ russa
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou que a ação russa “é de larga graduação”. “As cidades pacíficas ucranianas estão sob ataque e essa é um guerra. A Ucrânia se defenderá e vencerá: o mundo pode e deve parar Putin e o momento de agir é agora”, pontuou.
A Ucrânia fechou o espaço desatento para voos civis nesta quinta. O governo cita cumeeira risco à segurança depois de ataques da Rússia a territórios ucranianos. O regulador de aviação da Europa alertou sobre perigos de voar em áreas de fronteiras com a Rússia e a Bielorrússia
Edição: Vivian Virissimo