Surpresa! Vento solar inesperado atingiu a Terreno a 600 km/s

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(dr) ESA

O maravilha é da classe G2, numa graduação que vai do G1 ao G5, e escapou às previsões dos cientistas. O evento desencadeou auroras boreais que foram avistadas desde a Escandinávia até a América do Setentrião.

Um fluxo inesperado de vento solar atingiu o campo magnético da Terreno no último domingo e os efeitos ainda se fazem sentir, relata o Space Weather.

Inicialmente, a velocidade do vento era mais baixa, mas ao longo do dia foi acelerando e chegou mesmo a ultrapassar os 600 quilómetros por segundo, o que desencadeou uma tempestade geomagnética moderadamente potente, da classe G2 numa graduação que vai do G1 ao G5. O evento foi completamente inesperado.

“Já estava na leito a preparar-me para dormir quando a tempestade começou. Apressei-me até à praia em Nykøbing Mors e consegui fotografar as primeiras auroras de Verão na Dinamarca nos últimos cinco anos. Ver as luzes a dançar numa noite quente de Verão foi uma experiência incrível!“, revela o fotógrafo Ruslan Merzlyakov, que é profissional na captação de fenómenos astronómicos.

Na América do Setentrião, foram avistadas várias auroras boreais desde a fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá até ao estado da Pensilvânia. As luzes também foram captadas no Montana e na Dakota do Setentrião e Dakota do Sul.

O vento solar ocorre quando a seriedade do Sol deixa de conseguir segurar um fluxo de partículas com subida pujança e plasma, que são libertadas e acabam por grelar com a atmosfera da Terreno.

Acredita-se que estas explosões venham de grandes partes brilhantes do Sol conhecidas porquê “buracos coronais“, que são monitorizados de perto pelos cientistas, o que lhes permite fazer previsões e antecipar a data e a intensidade das tempestades de vento solar e também das ejeções de tamanho coronal.

Por enquanto, a razão deste fluxo de vento solar ainda é um mistério. O Space Weather especula que possa ter sido uma chegada antecipada de um fluxo que se esperava para 9 de Agosto, vindo de um buraco coronal na atmosfera sul do Sol. Também está em cima da mesa a possibilidade do maravilha ter sido causado por uma ejeção de tamanho coronal que escapou às previsões.

As tempestades da classe G2 podem afectar os sistemas eléctricos nas latitudes mais altas e influenciar as órbitas dos satélites. Quando são mais extremas, podem mesmo avariar os satélites ou até originar cortes na rede eléctrica.

Neste momento, o Sol está na sua período mais activa do seu ciclo de 11 anos, o que explica a maior frequência das tempestades de vento solar. Mas, por enquanto, não há razão para preocupação, visto que a maioria dos fenómenos nos passa ao lado — a não ser que seja um observador assíduo das auroras boreais, evidente.

  Adriana Peixoto, ZAP //

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