
Kjordand / Wikimedia
Um novo estudo sugere que uma teia de wormholes pode resolver o paradoxo da informação em buracos negros, proposta por Stephen Hawking.
Os wormholes — as míticas fendas cósmicas que em português ocasionalmente são tratadas uma vez que “buracos de minhoca” — são “túneis” formados por grandes distorções no espaço-tempo.
Provavelmente estamos mais habituados a ouvir falar deles nos filmes e séries de ficção científica, uma vez que espécies de portais que nos conseguem teletransportar no espaço e até no tempo.
Mas estes wormholes também estão presentes na Física, embora nunca se tenha observado um. A única coisa que sustenta a hipótese da sua existência é que tais estruturas são possíveis soluções das equações de Einstein que tratam da Teoria da Relatividade Universal.
Um paradoxo de buracos negros, aparentemente sem solução, proposto pela primeira vez pelo físico Stephen Hawking pode finalmente ser resolvido, escreve a Live Science.
Em culpa está o paradoxo da informação em buracos negros, que aborda o facto de a informação não poder ser destruída no Universo e, no entanto, quando um buraco preto evapora, qualquer informação que tenha sido engolida por nascente desaparecerá por completo.
Hawking questionou-se: Quando um buraco preto evapora e desaparece do Universo, para onde foi toda a informação anteriormente contida dentro dele?
Um novo estudo propõe que o paradoxo pode ser resolvido, precisamente, graças aos wormholes.
“Um wormhole liga o interno do buraco preto e a radiação externa, uma vez que uma ponte”, disse Kanato Goto, físico teórico nipónico, num enviado citado pelo Phys.
Com base na teoria de Goto, uma segunda superfície surge no horizonte de eventos de um buraco preto. Fios de um wormhole conectam essa superfície ao mundo exterior, entrelaçando informações entre o interno do buraco preto e a fuga de radiação nas suas extremidades.
No paradoxo de Hawking há duas opções: na primeira, a informação pode ser destruída, o que parece violar tudo o que sabemos sobre Física; na segunda, apoiada pela maioria dos cientistas, há uma maneira qualquer pela qual a informação dentro do buraco preto sai através da radiação.
A confirmar-se esta segunda opção, “a relatividade universal e a mecânica quântica, uma vez que estão atualmente, são inconsistentes entre si”, explica Goto. “Temos que encontrar uma estrutura unificada para a seriedade quântica”, sublinha.
Daniel Costa, ZAP //