“Tijolos de bactérias” usados uma vez que blocos de construção em Marte

0
1886

NASA / JPL-Caltech / ASU / MSSS

Cientistas da Organização de Investigação Espacial Indiana (ISRO) propuseram um método para erigir habitats em Marte com “tijolos bacterianos”.

Num novo estudo publicado a 14 de abril na PLoS One, os investigadores explicam o seu projecto para combinar o solo marciano com um material semelhante a um gel e uma estirpe bacteriana chamada Sporosarcina pasteurii.

De conformidade com a IFL Science, o objetivo seria combinar ambos os materiais, de forma a gerar blocos de construção, para habitats do planeta vermelho.

A proposta junta-se a uma lista de hipóteses caricatas de material de construção para Marte, que refletem a escassez de materiais para futuras missões ao planeta vermelho, na tentativa de aproveitar ao supremo todo e qualquer recurso disponível.

No ano pretérito, por exemplo, a Universidade de Manchester propôs a construção de habitats em Marte com sangue e urina de astronauta.

Os cientistas do ISRO utilizaram o simulador de solo marciano e demonstraram que as bactérias transformaram a ureia em cristais de carbonato de cálcio e também segregaram uma substância biopolímero pegajosa.

O cloreto de níquel ajudava as bactérias a crescer, apesar do saliente texto de ferro do solo, que é tipicamente tóxico para as bactérias.

O tipo específico de bactérias também ajudou a ultrapassar a questão da porosidade, um dos principais obstáculos à construção de habitats em Marte.

“As bactérias infiltram-se nos espaços porosos, utilizando as suas próprias proteínas para unir as partículas, diminuindo a porosidade e criando tijolos mais fortes”, explicou Aloke Kumar, um dos autores do estudo.

Combinado, leste material pode ser utilizado uma vez que agente de relação para manter o solo de Marte unificado e erigir habitats para futuras missões ao planeta vermelho.

Atualmente, a NASA estima que enviará humanos para Marte até 2030, e o SpaceX está a trabalhar arduamente no seu veículo de lançamento da nave espacial totalmente reutilizável, que pretende enviar para a Lua e eventualmente para Marte.

Em seguida, a equipa ISRO pretende enviar alguns dos seus “tijolos bacterianos” para o espaço, numa futura missão.

Ao fazê-lo, serão capazes de estudar as propriedades do seu material em microgravidade, para ver se está capaz para fazer a longa viagem ao lado dos futuros astronautas, à medida que se dirigem para o planeta vermelho.

  ZAP //

Leave a reply