
Ash Hayes / Unsplash
O manobra físico matutino reduz mais os níveis de glicose no sangue, quando comparado com o noturno. Em contrapartida, o manobra no final da noite permite que os praticantes se beneficiem da vigor armazenada durante o dia, aumentando a sua resistência.
Esta é a desenlace de um estudo publicado em janeiro deste ano na Cell, no qual um grupo de investigadores analisou os efeitos do manobra físico praticado em diferentes horários, cruzando esses dados com o relógio biológico, ou ritmo circadiano.
Para desenvolver a investigação, a equipa coletou amostras de sangue e tecidos de cérebros, corações, músculos, fígados e gordura de ratos que se exercitaram antes do pequeno-almoço e depois do jantar.
Recorrendo a um espetrómetro de volume, detetaram as moléculas produzidas por cada órgão. Essas “fotografias tiradas em tempo real” permitiram verificar a resposta dos ratos ao manobra, em horários específicos do dia. Através dessa informação, criaram um vegetal com os resultados obtidos.
Porquê indicou Shogo Sato, professor de Biologia da Universidade do Texas, nos Estados Unidos (EUA), num item divulgado no Conversation, embora os ratos e os humanos sejam diferentes, estas descobertas podem ajudar a otimizar os exercícios com base na hora do dia, de forma a que cada um atinja as metas pessoais.
Sato, que é o primeiro responsável do estudo, explicou que o relógio biológico é “marca-passo” que sincroniza a resposta do organização à passagem de um dia para o outro, sendo o ritmo circadiano forçoso para a saúde e o bem-estar.
O ritmo circadiano governa as mudanças físicas, mentais e comportamentais do corpo ao longo de cada ciclo de 24 horas, em resposta a sinais ambientais – porquê a luz e a comida. É por isso que os ataques cardíacos são mais frequentes no início da manhã, indicou Sato, primeiro responsável do estudo.
E é também por isso que os ratos, que não têm relógios biológicos, envelhecem mais rápido e têm uma expetativa de vida mais curta, assim porquê as pessoas com uma mutação nos genes do relógio circadiano, que têm padrões anormais de sono.
O desalinhamento crónico de ritmo circadiano, porquê acontece em pessoas que trabalham em horários noturnos, pode levar a uma ampla gama de distúrbios físicos e mentais, incluindo obesidade, diabetes tipo 2, cancro e doenças cardiovasculares.
O relógio biológico regula os ciclos de sono e as flutuações na pressão sanguínea e na temperatura corporal. A glândula pineal produz melatonina, que ajuda a regular o sono, sendo aconselhado reduzir a exposição à luz azul de dispositivos eletrónicos antes de dormir, pois pode atrapalhar a secreção dessa hormona.
O sono, por sua vez, ajuda a regular a leptina, hormona que controla o paladar e cujos níveis flutuam ao longo do dia. O sono insuficiente ou irregular pode interromper a produção de leptina, causando mais inópia e um lucro de peso. Nos últimos anos, percebeu-se que manducar em horários fixos pode prevenir as doenças metabólicas.
A depressão e outros transtornos podem estar ligados ao controle circadiano disfuncional. A hora do dia em se toma qualquer medicamento pode afetar a sua eficiência e os efeitos colaterais. Ou por outra, agora sabe-se que o relógio circadiano pode ajudar a identificar a melhor hora para maximizar os benefícios do manobra físico.
ZAP //