#VamosMudarOsNúmeros: Cruzeiro e AzMina entram em campo pelas mulheres

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imagem: Site Solene do Cruzeiro

Os salários são 30% menores. O tempo gasto com as tarefas de mansão, quase o triplo. A cada 11 minutos, 1 estupro, e a cada duas horas, uma morte. 23% dos municípios brasileiros não têm nenhuma vereadora e, no mundo, elas são só 22% dos parlamentares. Mas se as estatísticas dão a medida do peso repleto todos os dias pelas mulheres, nesse 8 de março é nas costas de 22 homens que os números da desigualdade vão desfilar.

Quatro vezes vencedor brasílio e bi na Libertadores, na noite do Dia Internacional da Mulher o Cruzeiro empresta seu fulgor para iluminar as desigualdades a que as mulheres estão submetidas. A ação, que acontece hoje no jogo contra o Murici pela Despensa do Brasil, é uma parceria entre o clube mineiro e AzMina costurada pela filial mineira New360, e usa os números nas camisas das estrelas para expor estatísticas da desigualdade.

Mas o duelo contra o time alagoano vai permanecer pequeno perto de estatísticas porquê a que Ariel Cabral vai carregar durante a partida.

Camisa 5, o meio-campo entra no jogo representando a posição do Brasil no ranking mundial de homicídios de mulheres.

Na ingresso do Cruzeiro, os 22 jogadores carregam a fita com a hashtag #VamosMudarOsNúmeros, convidando até o mais fanático torcedor do Atlético Mineiro a deixar a rivalidade histórica de lado em nome da culpa feminista. Fio condutor do jornalismo da Revista AzMina, o feminismo zero tem a ver com as caricaturas que circulam por aí. No léxico Michaelis, ele é definido porquê a “equiparação dos direitos sociais e políticos de ambos os sexos”.

A teoria é utilizar toda a repercussão da partida – sobretudo no envolvente marcadamente machista do futebol – para alertar as pessoas sobre a violência e as desigualdades que atingem as mulheres e sobre o longo caminho que ainda nos separa da paridade entre homens e mulheres.

O Cruzeiro faz o abre alas, a Revista AzMina aprofunda com o jornalismo.

Para quem acredita que as mulheres já conquistaram seus direitos, Letícia Bahia, Diretora Institucional d’AzMina, esclarece: “Muita gente pensa que a luta pelos direitos das mulheres não faz mais sentido. Mas os dados que os jogadores vão exibir mostram o quanto essa questão segue sendo atual”. A partida do Cruzeiro termina nos 45 do segundo tempo, mas a luta das mulheres está só começando.

Manadeira: Site solene do Cruzeiro

* Você sabia que pode reproduzir tudo que AzMina faz gratuitamente no seu site, desde que dê os créditos? Saiba mais .

Manadeira: AzMina

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